O Chamado da Montanha Sagrada

O Chamado da Montanha Sagrada. Não com palavras, mas com uma vibração ancestral que pulsa na alma dos escolhidos.

O Chamado da Montanha Sagrada

Dizem que em noites de névoa espessa, quando os ventos sussurram segredos nas copas das árvores, a montanha sagrada desperta. E quando desperta, chama. Não com palavras, mas com uma vibração ancestral que pulsa na alma dos escolhidos.

Foi numa dessas noites que Kael ouviu o chamado.

Tinha dezessete invernos e pouco conhecia além da planície onde os campos douravam sob o sol. Trabalhava com o pai na lavoura e com a mãe nos ritos simples da aldeia. Mas desde cedo, sonhava com a montanha. Uma presença distante, envolta em nuvens, que ninguém ousava escalar.

A Montanha dos Ancestrais, diziam os anciãos, era lar dos espíritos antigos. Guardava memórias, sabedoria e provações. Aqueles que ouviam seu chamado nunca mais eram os mesmos,  se voltassem.

Naquela noite, enquanto o fogo crepitava na lareira e os olhos de Kael se fechavam, um som atravessou o silêncio: grave, vibrante, como um tambor tocado dentro do peito. E então, em sonho, viu uma trilha de pedra, uma águia em voo e uma figura encapuzada no topo, que estendia a mão em sua direção.

Na manhã seguinte, Kael partiu. Nenhuma palavra aos pais, apenas um olhar demorado e grato. Sabia que não era uma fuga, mas um destino.

A trilha era íngreme, coberta de musgo e sombras. Animais observavam em silêncio. O vento soprava cantos antigos que apenas o coração compreendia.

No terceiro dia, chegou ao Primeiro Portal: uma clareira com uma pedra em forma de coração. Nela, viu refletido o rosto do avô, guerreiro que morrera antes de seu nascimento.

— Deixa o medo, meu neto — murmurou a imagem, dissolvendo-se no ar.

No sexto dia, a fome e o cansaço o derrubaram. Mas foi quando caiu que uma loba branca apareceu. Enroscou-se ao seu lado, aquecendo-o durante a noite mais fria. Pela manhã, ela sumiu, mas seus rastros marcavam o caminho.

No nono dia, as nuvens abriram-se e ele avistou o cume. Subiu com os joelhos, com as mãos, com a alma.

Lá em cima, o tempo parou.

Círculos de pedra formavam um altar antigo. E nele, os espíritos o esperavam: rostos de homens e mulheres que viviam em suas histórias de infância. Entre eles, sua avó, com olhos como rios.

— Tu vieste, Kael — disse ela. — Porque ouviu com o espírito, não com os ouvidos.

Ali, aprendeu a linguagem das estrelas, a canção das árvores e os nomes verdadeiros do vento. Recebeu um bastão de madeira trançada, símbolo de sua travessia, e a missão de ser ponte entre mundos.

Quando desceu, o jovem não era mais o mesmo.

Na aldeia, alguns o chamavam de xamã, outros de tolo. Mas ele sorria, pois ouvira o que só o silêncio revela.

E todas as noites, antes de dormir, sentia a pulsação da montanha dentro do peito.

Ela ainda chamava.

Mas agora, era ele quem escutava pelos outros.

Conto: O Chamado da Montanha Sagrada

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