Filhas do Eco – Capítulo II: Iskira – A das Raízes Invisíveis

Filhas do Eco - Capítulo II: Iskira - A das Raízes Invisíveis. Enquanto outras bruxas acendiam tochas, disputavam heranças mágicas

Filhas do Eco – Capítulo II: Iskira – A das Raízes Invisíveis

Citação:
“Raízes não gritam, mas elas quebram pedras.”

Quando as novas linhas se formaram após a ruptura do Círculo, Iskira não se apressou em escolher um lado. Enquanto outras bruxas acendiam tochas, disputavam heranças mágicas e fundavam dissidências, ela silenciava.

Não por medo. Mas por escuta.

Iskira cresceu sob o solo enegrecido de um bosque que há muito havia sido queimado em nome de “purificação ritual”. Diziam que ali existira um santuário, destruído pelo próprio Círculo — um erro, um excesso, um risco. Ninguém falava muito sobre isso. Apenas diziam: “não volte lá.”

Ela voltou.

Desde a infância, Iskira ouvia o murmúrio das raízes — sons baixos, vibrantes, carregados de um idioma antigo que não se falava mais em voz alta. Ela sabia: a terra não esquece. O solo mantém histórias que os livros se recusaram a registrar. Raízes entrelaçadas como memórias, como promessas e como culpas.

Foi ali, sozinha entre troncos ocos e folhas que nunca brotaram de novo, que Iskira aprendeu que a magia não nasce da luz ou do fogo — mas daquilo que insiste em viver mesmo quando enterrado. E ao tocar com a palma no chão carbonizado, ela viu. Não com os olhos — com o corpo inteiro.

Ela viu rituais antigos. Nomes apagados. Bruxas que haviam sido silenciadas por divergirem dos votos. Magia enterrada viva. Um segredo sufocado sob séculos de silêncio.

Desde então, Iskira não confia em nenhuma linhagem que se diz pura. Ela desconfia da ordem, da tradição e dos juramentos que exigem obediência. A terra ensinou a ela que toda árvore altiva depende de raízes invisíveis. E que toda história contada precisa de outra — calada — para se sustentar.

Agora, com o Círculo partido, o solo geme mais alto. As raízes se contorcem, agitadas, como se algo quisesse subir. Iskira caminha sozinha entre as novas linhas, mas carrega em si as vozes das que não puderam caminhar. Ela não tem pressa. Ela espera o momento certo de romper a pedra.

Filhas do Eco – Capítulo II: Iskira – A das Raízes Invisíveis

Porque não importa quanto tempo leve, ela sabe:
as raízes sempre encontram caminho.

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