O Corredor das Sutilezas – Adendo

Reino de Veramor

O Corredor das Sutilezas – Adendo

No Reino de Veramor, há um corredor que não consta em mapas nem se mostra aos visitantes. Ele existe apenas para quem sabe ver com os olhos do desejo contido e da saudade sem pressa. É o Corredor das Sutilezas, onde os gestos dizem mais do que os discursos, e onde o silêncio tem cheiro de intenção.

A Rainha, naquele dia, cruzava esse corredor envolta em suas responsabilidades, planilhas imperiais, posts diplomáticos, decretos fashionistas. Em sua mente, mil tarefas. Mas ao passar pela porta entreaberta da Sala das Entrelinhas, ouviu o Rei murmurar algo sem esperar resposta:

“Hoje eu pensei em você entre um gole de café e uma vírgula mal colocada. E o dia ficou mais bonito, mesmo nublado.”

Ela não respondeu. Apenas parou por dois segundos, sorriu sozinha e seguiu. No Reino de Veramor, esse tipo de frase é como um perfume: não se explica, se carrega.

Horas depois, um bilhete estava colado no espelho:

“Tem um pensamento seu que vive me acordando antes do despertador.”

Era o tipo de provocação típica do Rei: sutil, elegante e completamente desestabilizadora.

Na hora do jantar (ou do que restou dele), ela deixou a cozinha do palácio e o encontrou no Jardim dos Segredos, fingindo ler um livro. Sem levantar os olhos, ele soltou mais uma pérola:

“Se um dia eu me perder, não me procure. Estarei exatamente onde te imaginei.”

A Rainha fingiu que não ouviu, mas tropeçou nas próprias pernas. Não no sentido físico, mas emocional. O Rei era especialista nisso: arrancar dela reações invisíveis que nem ela sabia ter.

Mais tarde, entre um vinho e um silêncio confortável, ele se aproximou e disse com voz leve, quase risada:

“Você já notou como sua nuca tem a geografia exata do meu pensamento distraído?”

Ela apenas levantou uma sobrancelha, como quem diz “não começa”, mas por dentro já tinha começado, e muito.

“No Corredor das Sutilezas, o amor não se anuncia com fogos, mas com frases que ardem devagar. O Rei não invade, insinua. A Rainha não responde, provoca com o silêncio. E nesse jogo, cada suspiro guardado é mais eloquente que qualquer poema.”

Eles não precisavam se tocar para se sentir. Bastava uma frase, um gesto, uma meia risada. Bastava o modo como ele dizia “você” como quem diz “meu mundo”. Bastava o modo como ela franzia os olhos, entre cética e encantada, como quem pergunta “o que é que você está tramando agora, meu Rei?”

E assim, mesmo em dias comuns, o Reino de Veramor seguia pulsando. Não com tempestades de paixão declarada, mas com o mistério delicado das entrelinhas. Onde o afeto se esconde em metáforas e a sedução brinca de esconde-esconde com a rotina.

Porque no fim, o amor verdadeiro sabe que o charme mora nos detalhes. E quem reina de verdade sabe: conquistar é continuar encantando, sem nunca dizer tudo, mas sempre deixando uma vírgula no ar, como quem promete mais.

O Corredor das Sutilezas

Brasão Reino de Veramor
brasão Reino Veramor

V&R
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