A Semente do Retorno – Capítulo 7

A Oferenda Silenciosa.

🌿 A Semente do Retorno – Capítulo 7

Enquanto Enid descia pelas entranhas vivas da Terra Profunda, algo inexplicável acontecia na superfície.

Na beira da clareira, junto à estátua do menino de madeira, uma pequena rachadura surgiu no tronco do corpo esculpido. Primeiro discreta, depois expandindo-se como se a própria madeira respirasse de novo. Do interior da estátua, uma luz tênue — âmbar, quente, ancestral — começou a pulsar.

As crianças foram as primeiras a notar. Ficaram paradas, em silêncio, olhando. E quando os adultos chegaram, já era tarde: a madeira havia se aberto.

E ali, deitado sobre raízes vivas e folhas frescas, estava Cael.

Ou algo que usava seu corpo.

Ele parecia intacto, sem sinais de fome, frio ou medo. Mas seus olhos, outrora castanhos claros, agora eram completamente dourados — como âmbar líquido. Seu cabelo, antes escuro, agora tinha mechas esbranquiçadas, como fiapos de raízes.

A aldeia o cercou em silêncio. Ninguém ousava se aproximar. Ninguém sabia se chorava ou se rezava.

Foi Darina quem falou primeiro:

— Cael?

Ele ergueu lentamente o olhar. Não piscava. Não tremia.

— Não sou mais só ele — disse, com uma voz que soava múltipla, como se mais de uma presença falasse por sua boca. — Mas também não sou outro. Sou… a semente que voltou.

Idran se ajoelhou diante do neto.

— O que fizeram com você?

Cael pousou a mão no chão. Do toque, brotou uma pequena flor branca — desconhecida, delicada e pulsante. Em seguida, olhou ao redor.

— A Terra ouviu. Ela viu que ainda há quem lembre. E me devolveu. Mas não inteiro.

— O que isso significa? — perguntou Marten, tenso.

O menino virou o rosto lentamente em direção ao Grande Carvalho.

— A raiz-mãe está inquieta. Enid desceu. Mas eu fui enviado de volta com algo… — colocou a mão sobre o peito — …uma semente. Uma escolha.

O Guardião, que observava tudo em silêncio, finalmente se aproximou. Seus olhos analisaram o menino com reverência e temor.

— A Terra te devolveu como arauto. Mas o que você carrega pode curar… ou condenar.

Cael assentiu.

— Há uma decisão a ser feita. Algo foi quebrado há gerações. A oferenda foi feita sem pacto renovado. A fome da terra não é apenas por sangue. É por verdade. E a semente que trago precisa ser plantada… em um coração disposto.

— O que acontece se recusarmos? — sussurrou Darina.

Cael olhou para ela com doçura, mas sem vacilo:

— A terra tomará. Com ou sem permissão. Não se oferece metade da alma a um espírito antigo.

Enquanto isso, a luz âmbar ao redor dele começou a se apagar lentamente — não como quem morre, mas como quem espera.

A aldeia teria que escolher logo: aceitar o que ele se tornara… ou rejeitá-lo, e enfrentar a raiz-mãe em sua ira plena.

E em algum lugar abaixo da terra, Enid continuava a descer.

A Semente do Retorno – Capítulo 7

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