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🌘 A Criança sem Sombra – Capítulo 14
O nascimento de Nara foi silencioso. Não houve choro, nem grito. Apenas um vento morno atravessando a janela da casa de pedra onde sua mãe, Aleni, deu à luz. Nenhuma vela acesa permaneceu acesa. Nenhuma lamparina quis queimar. A parteira suou frio. E quando a criança foi envolta em panos, um detalhe foi notado por todos os presentes.
Ela não projetava sombra.
Nem sob a luz das velas. Nem sob o sol da manhã. Nem à noite sob o luar. Onde seu corpo deveria escurecer o chão, havia apenas luz contínua, intocada.
No começo, tentaram ignorar. Depois, tentaram explicar. Mas logo se espalhou pela aldeia aquilo que muitos temiam dizer em voz alta.
A criança era filha da terra. Ou do espírito que nela dormia.
Nos primeiros meses, Nara não sorria, não chorava, não balbuciava. Mas observava. Com olhos atentos demais para um recém-nascido. Quando completou seu primeiro ciclo de colheita, algo começou a acontecer.
Ela passou a olhar para o vazio e murmurar. Não em língua infantil, mas em palavras inteiras. Suas frases eram desconexas, até que um dia ela parou diante da casa de Idran, o ancião. Apontou para o banco vazio da varanda e disse:
Ele ainda está sentado aí.
Idran caiu de joelhos. Era o lugar onde sua esposa falecida costumava bordar todas as tardes.
Aos poucos, outras manifestações vieram. Nara conversava com os mortos.
E os mortos respondiam.
Ela ria de piadas que ninguém contava. Fazia perguntas que só os que haviam partido saberiam responder. Uma vez, ao passar pela clareira, tocou o tronco do Grande Carvalho e disse baixinho:
A mulher debaixo da raiz está acordada. Ela cuida da música para que ninguém mais durma demais.
Era Enid. Todos entenderam.
O Guardião veio observar a menina. Não ousou se aproximar. Apenas a viu de longe, andando entre espigas e cantando para si mesma uma canção que ele reconheceu.
Uma canção de antes da linguagem.
Darina, que cuidava de Nara sempre que Aleni dormia, dizia que a menina não pertencia apenas à aldeia.
Ela pertence ao intervalo entre as eras. Onde os vivos respiram e os mortos sussurram.
As crianças começaram a seguir Nara sem medo. Os adultos, com receio. Mas ela não ameaçava. Ela guiava.
E uma frase começou a circular entre os mais velhos, sempre dita em tom baixo, quase reverente:
A sombra que não se projeta é aquela que já foi absorvida pela terra.
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