A Rede que Acolhe – Capítulo 33

A Rede que Acolhe - Capítulo 33. Na praça silenciosa do vilarejo adormecido, entre as árvores antigas de troncos grossos e raízes

✦ A Rede que Acolhe – Capítulo 33

Na praça silenciosa do vilarejo adormecido, entre as árvores antigas de troncos grossos e raízes que pareciam conversar com a terra, uma mulher de vestido comprido e olhar de tempo estendia redes como quem borda memórias no ar. Ela andava devagar, com gestos precisos, como se soubesse exatamente onde cada nó deveria ser atado. Seus fios eram coloridos e cintilavam com um brilho sutil ao toque do vento. Quem a observava de longe pensava que era apenas uma artista solitária ou uma sonhadora com tempo de sobra. Mas ela era mais que isso. Era uma bruxa da memória.

As crianças da vila a chamavam de “a senhora das redes mágicas”, e os mais velhos sorriam ao vê-la, como se, por instantes, se lembrassem de algo que nunca chegaram a esquecer por completo. Ninguém sabia seu nome. Só sabiam que, quando ela aparecia com seus novelos e tecidos, era sinal de que os corações andavam precisando de um colo invisível.

As redes eram amarradas entre os galhos com a delicadeza de quem embala um segredo. Elas balançavam suavemente com a brisa da tarde e, ao se deitar nelas, qualquer um — adulto ou criança — sentia uma espécie de calor morno no peito, como o cheiro de bolo assando num domingo antigo. Era como se o tecido soubesse das saudades de cada um, e dissesse sem som: “Você ainda está aqui. Você ainda é aquele que brincava no quintal com os pés descalços.”

Quem dormia naquelas redes sonhava com cavalos de madeira, voos de pipa, risadas em riachos, vozes familiares que já se foram, mas que voltavam, por alguns minutos, apenas para lembrar que tudo o que foi bonito ainda vive em algum lugar.

Alguns choravam baixinho. Outros sorriam dormindo. Alguns acordavam com olhos distantes e demoravam a levantar, como se não quisessem sair daquele abraço de fios e afeto. Ninguém perguntava como funcionava a mágica. Talvez porque, no fundo, todo mundo já soubesse: havia coisas que só o coração compreende, e não cabem em explicações.

Quando o sol se punha, a bruxa recolhia as redes e partia sem fazer barulho, deixando no ar o perfume das lembranças despertas. E por dias, mesmo depois dela ir embora, a praça continuava a respirar leveza, como se as árvores sorrissem em silêncio e a infância repousasse ali, apenas esperando que alguém tivesse coragem de lembrar.

A Rede que Acolhe – Capítulo 33

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