Ecos de Poesia – Capítulo 6

O Refúgio na Montanha. A estrada parecia não ter fim, serpenteando entre encostas cobertas por pinheiros que erguiam-se como guardiões

Ecos de Poesia

O pacto havia transformado as sextas-feiras em um tempo à parte, uma fresta secreta na monotonia do inverno. Não era apenas a expectativa da resposta que mantinha Clara desperta, mas o modo como cada carta de Rafael chegava carregada de um lirismo que parecia atravessar o próprio silêncio da montanha.

O tom das mensagens tornara-se mais intenso. Já não eram apenas relatos de lembranças ou confissões de solidão. Rafael enchia as páginas com poemas que mesclavam saudade e esperança, citações de livros que o haviam marcado, trechos de músicas que ecoavam em sua memória. Havia uma cadência quase encantatória nas palavras, como se fossem escritas para serem ouvidas, e não apenas lidas.

Clara, à noite, sentava-se perto da lareira e lia em voz baixa cada linha, como se recitasse não para si mesma, mas para ele, acreditando que de algum modo sua voz poderia atravessar o tempo. Às vezes repetia os versos até decorá-los, e então os murmurava antes de dormir. O efeito era o de uma presença invisível, como se Rafael estivesse deitado ao lado dela, ouvindo em silêncio, partilhando o mesmo espaço.

As próprias cartas de Clara começaram a mudar. Ela também deixava nelas fragmentos de poemas que um dia amara, lembranças da infância, descrições de pequenas cenas que antes lhe pareceriam irrelevantes: o modo como a neve se acumulava na janela, a cor do pôr do sol refletida nos troncos, o som do vento assobiando nas frestas da casa. Tudo ganhava novo sentido quando escrito para ele.

A fronteira entre o real e o impossível começava a se dissolver. Clara já não se perguntava com a mesma insistência se aquilo era uma ilusão ou uma impossibilidade lógica. O que importava era a veracidade das emoções que nasciam daquela troca. A cada folha dobrada e depositada na varanda, ela sentia que deixava parte de si. E, ao receber as respostas, tinha a impressão de recuperar algo que nem sabia que havia perdido.

Era como se a casa — aquela velha construção de madeira escondida entre dois invernos — tivesse sido destinada a guardar não apenas corpos, mas vozes, versos e fragmentos de almas. Clara, pela primeira vez em muito tempo, percebia que ainda podia ser habitada por algo maior do que a dor: um amor que nascia na fragilidade das palavras, mas que já se fazia sólido dentro dela.

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