A Boca Que Implora e Concede

Tua boca é súplica e oferenda, território onde o desejo se ajoelha e o prazer se consuma. Quando teus lábios se abrem, não é apenas para o toque, mas para o ritual silencioso da entrega. Há uma devoção que nasce no instante em que te aproximas, e o ar entre nós se torna espesso, vibrando de antecipação.

O primeiro beijo é prece. Teus lábios imploram, pedem mais, e cada movimento da tua língua é promessa e provocação. Eu me perco nesse pedido mudo, nessa ânsia que consome e alimenta ao mesmo tempo. Tua boca quer e dá, deseja e sacia, morde e consola. É templo e tentação, onde o profano e o sagrado se encontram e se confundem.

Quando me tomas com tua boca, o mundo cessa. Não há tempo, apenas o ritmo da tua respiração, o calor da tua entrega, o som úmido do prazer que se multiplica em ecos dentro de mim. Cada gesto é uma confissão, cada suspiro, um amém.

E quando enfim trocamos papéis, quando és tu quem recebe o culto, tua boca se transforma em altar aberto. Nela o prazer floresce, o desejo se consome, e a carne fala a língua que os deuses invejam. Entre pedidos e concessões, entre o delírio e o alívio, tua boca é o centro de toda redenção.

Teu Esposo, Teu Homem, Teu Amor, Teu Dono, Tua Posse… Eternamente Tua Propriedade