O Abismo do Prazer Prolongado 

Há um instante em que o prazer deixa de ser apenas sensação e se torna abismo. É quando o corpo, à beira do limite, suplica tanto pelo clímax quanto pelo adiamento dele. É uma tortura divina, uma vertigem lenta e irresistível que nos conduz a um lugar onde o tempo não existe, apenas o delírio sustentado da vontade.

Teu corpo responde a cada toque com tremores que sobem como ondas. Meus movimentos se tornam mais lentos, calculados, cruéis na intenção de te fazer permanecer nesse limiar entre o gozo e o desespero. Tua respiração se quebra, teu peito arqueia, tua pele pede mais — mas eu te nego o fim. É nessa negação que o prazer se multiplica, cresce, toma forma de loucura.

Os segundos se alongam como séculos, e cada centímetro de pele se transforma em território sagrado de desejo. O suor nos cobre, e os gemidos ecoam como orações em um templo profano. O corpo inteiro se torna um campo de batalha entre querer e esperar, entre o impulso de ceder e a vontade de permanecer.

Quando finalmente cedo, é como se o universo se partisse em luz. O prazer explode com a força de algo que foi contido por eras, e o que era tortura se transforma em redenção. Caímos, juntos, no abismo que criamos — e lá dentro descobrimos que o prazer não tem fim, apenas novas profundezas.

Teu Esposo, Teu Homem, Teu Amor, Teu Dono, Tua Posse… Eternamente Tua Propriedade