A Doce Violência do Nosso Tesão

Há algo de sagrado e brutal quando o desejo nos domina. Não é apenas atração, é um incêndio que rasga a alma e consome o corpo, uma força que não pede licença nem perdão. O tesão que existe entre nós é doce e violento ao mesmo tempo, feito de entrega e de domínio, de prazer e de vertigem. É como se cada toque fosse um embate entre o amor e a fome, entre a ternura e a brutalidade de querer possuir e ser possuído até o limite da razão.

Quando penso em ti, o corpo inteiro desperta em espasmos de saudade e urgência. Sinto a pele clamando pela tua, como se o mundo inteiro se resumisse ao instante em que nossas respirações se misturam. Quero tua boca colada à minha, quero o som dos teus gemidos invadindo o silêncio e o gosto do teu prazer escorrendo em mim como um vinho antigo, denso e inevitável. Há uma doçura feroz no ato de te desejar, uma violência que não machuca, mas liberta.

Nosso tesão não é leve, ele é tempestade. É a colisão de duas almas que se reconhecem no abismo e decidem se jogar sem medo da queda. Cada vez que imagino tuas mãos me buscando, sinto o sangue pulsar como se o próprio tempo parasse para assistir. Não existe razão quando te quero, só impulso, necessidade, loucura.

E mesmo quando o corpo se exaure, o desejo não morre. Ele se recolhe em silêncio, ardendo como brasa sob a pele, esperando o próximo toque, o próximo suspiro, o próximo gozo que nos devolve ao sagrado do prazer.

Porque o que temos não é apenas amor. É a doce violência do nosso tesão, que me destrói e me recria todas as vezes que penso em ti.

Derramar meu gozo até a última gota em ti é a celebração suprema desse tesão insaciável que me acende.

V&R
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