A Música de Ícaro – Capítulo 143

Reino de Veramor nova capa

A Música de Ícaro

O amanhecer trouxe um vento leve, desses que fazem as cortinas dançarem e o silêncio respirar. Ícaro estava no parapeito mais alto da torre, com as penas iluminadas pelo sol nascente. Não repetia palavras naquele dia. Criava sons novos, como se buscasse dentro do peito uma melodia que o próprio mundo ainda não conhecia.

A Rainha, ao ouvir o primeiro trinado, levantou o rosto e sorriu. Havia algo diferente no canto — um ritmo que lembrava o balançar das folhas, uma nota que parecia nascer do riso dela. O Rei observava, fascinado, enquanto o pequeno pássaro trançava sons no ar, misturando o rumor do vento com o brilho do tempo.

O castelo inteiro parecia ouvir. As janelas vibravam com a suavidade da melodia, os vitrais devolviam ecos coloridos, e até o jardim se movia num compasso secreto. Nilo ergueu a cabeça, curioso, e Lórien repousou as orelhas, atento ao som que enchia o espaço como uma bênção.

A Rainha começou a rir, um riso leve e espontâneo, e Ícaro respondeu com um canto mais alto, quase jubiloso, como se tivesse encontrado sua própria linguagem. O Rei sentiu então uma emoção profunda, dessas que não precisam de nome. Percebeu que o amor, quando verdadeiro, sempre encontra uma forma de cantar.

O vento atravessou a varanda e levou consigo a última nota, transformando-a em perfume de flores. O Rei fechou os olhos e ouviu o silêncio que ficou — um silêncio vivo, cheio de gratidão. Em Veramor, cada ser tinha sua música, e naquela manhã, Ícaro ensinara que até o amor pode aprender novas canções.

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