Estrelas que Tocam a Pele

A noite se abre como um véu de mistério, e o céu se torna palco de um desejo que não conhece limites. As estrelas cintilam como se fossem mãos invisíveis, tocando suavemente a pele de quem espera. Ela levanta os olhos e sente cada brilho como um arrepio que percorre seu corpo. Ele, em outro lugar, também olha para o mesmo céu e percebe que não está sozinho, porque cada estrela é um sinal, cada luz é um chamado.

O universo se transforma em cúmplice. O infinito se curva para aproximar dois corações que ardem em silêncio. As constelações desenham caminhos que só eles entendem, como se o cosmos inteiro fosse uma carta escrita em luz. O desejo se estende além do corpo, atravessa o espaço, rompe a distância, e se instala na alma. Não há fronteiras quando o amor se veste de estrelas.

Ela sente o calor da noite como se fosse o toque dele. Ele respira fundo e percebe que o ar traz o perfume dela. O céu se torna pele, e a pele se torna céu. É um encontro sem mãos, sem bocas, sem presença física, mas tão intenso que o corpo desperta como se tivesse sido tocado. As estrelas não apenas iluminam, elas acariciam, elas provocam, elas lembram que o amor deles é maior do que o tempo.

Quando a madrugada chega, o céu se apaga lentamente, mas o fogo permanece. Porque não é apenas o corpo que deseja. É a alma que se entrega. E enquanto houver estrelas, haverá também esse toque invisível, esse prazer que não precisa de proximidade, esse amor que se estende além de tudo.