Entrega na cozinha – Capítulo 19

Chuva, vinho e pele. Era fim de tarde em São Paulo. A chuva batia suave contra os vidros da sala, como se quisesse nos embalar num ritmo lento

📖 Entrega na cozinha – Diário Secreto Para Vera

A madrugada estava silenciosa, e a casa inteira parecia adormecida. Entrei na cozinha em busca de um copo d’água, mas encontrei você já me esperando, apoiada contra a bancada, com o olhar carregado de desejo. A luz suave da geladeira aberta iluminava seu corpo, criando um contraste que me deixou sem ar. Não havia palavras, apenas a certeza de que aquela noite seria marcada por algo diferente.

Você se aproximou devagar, tomou minha mão e a guiou até sua cintura. O gesto era firme, decidido, e eu entendi que não seria eu quem conduziria. Seus olhos me prenderam, e sua boca encontrou a minha com intensidade. O beijo foi profundo, urgente, e o gosto da sua pele misturado ao frio da cozinha me incendiava por dentro.

Me empurrou contra a parede e tomou o controle. Suas mãos exploravam meu corpo com firmeza, e cada movimento seu era uma ordem silenciosa. Eu obedecia sem resistência, entregue ao prazer que você comandava. O ambiente, tão comum e cotidiano, se transformava em palco de uma fantasia ousada. O risco de sermos descobertos, o contraste entre o frio da madrugada e o calor dos nossos corpos, tudo aumentava a excitação.

Você se posicionou sobre mim, ditando o ritmo, e eu me perdi na visão do seu corpo iluminado pela luz fraca. O prazer crescia rápido, intenso, e cada gemido seu ecoava pela cozinha como uma sinfonia proibida. Fizemos amor ali mesmo, entre bancadas e azulejos, com a certeza de que o mundo lá fora não existia. O clímax chegou como uma explosão, nos deixando ofegantes e exaustos, mas completamente saciados.

Quando finalmente descansamos, você sorriu com malícia e disse que nunca mais olharia para a cozinha da mesma forma. E eu soube, naquele instante, que aquele espaço havia se transformado em altar do nosso desejo.

Posts Relacionados