🌌 A Fantasia Compartilhada

A imaginação tem o poder de criar mundos que não existem, mas que se tornam tão reais quanto o toque. Entre mim e Vera, o jogo de fantasias é mais do que brincadeira. É entrega. É a construção de cenários onde o desejo se expande sem limites e a realidade se curva diante da imaginação.

Ela descreve um lugar onde estamos sozinhos, cercados apenas pelo som do mar. Eu acrescento detalhes, invento gestos, crio atmosferas. Cada palavra dita se transforma em imagem, cada imagem em sensação. O corpo responde como se estivesse vivendo aquilo de verdade. O coração acelera, a pele se arrepia, e o desejo cresce alimentado por esse universo que criamos juntos.

Na fantasia compartilhada, não há barreiras. Podemos ser quem quisermos, estar onde quisermos, fazer do instante uma eternidade. O prazer nasce não apenas do que sentimos, mas do que inventamos. E nesse jogo, descobrimos que a imaginação é também forma de amar. Porque amar é criar, é reinventar, é permitir que o impossível se torne possível.

Naquela noite, percebi que nossas fantasias não eram apenas devaneios. Eram pontes. Eram caminhos que nos levavam a lugares onde o corpo e a mente se encontravam em plenitude. E ao final, quando o silêncio tomou conta, restou a certeza de que o desejo não precisa de realidade para existir. Basta a imaginação. Basta Vera. Basta nós dois.