A mesa como altar – Capítulo 22

Chuva, vinho e pele. Era fim de tarde em São Paulo. A chuva batia suave contra os vidros da sala, como se quisesse nos embalar num ritmo lento

📖 A mesa como altar – Diário Secreto Para Vera

A cozinha estava silenciosa, iluminada apenas pela luz fraca que vinha da janela. Eu entrei e encontrei você já me esperando, apoiada contra a mesa, com o olhar carregado de desejo. Não houve palavras, apenas a certeza de que aquela noite seria marcada pela urgência. O ambiente comum se transformava em palco de uma paixão crua, sem freios.

Me aproximei com rapidez, te puxei para perto e nossos corpos se encontraram em um beijo intenso, profundo, carregado de fome. O gosto da sua boca misturado ao calor da sua pele me incendiava. Minhas mãos deslizaram pela sua cintura, e você se entregou ao toque, arqueando o corpo em resposta. O mundo desapareceu, e só restava a mesa diante de nós, pronta para ser testemunha.

Te levantei e te deitei sobre a superfície fria, contrastando com o calor dos nossos corpos. O choque da madeira contra sua pele aumentava ainda mais a excitação. Entrei em você com força, e o prazer bruto nos atravessou como uma onda. O ritmo era urgente, intenso, e cada movimento fazia a mesa ranger sob o peso da nossa entrega.

Seus gemidos ecoavam pelo espaço, abafados pela respiração acelerada. O som da cozinha se misturava ao som do nosso prazer, criando uma sinfonia proibida. Fizemos amor com intensidade crua, sem pausa, como se o tempo tivesse deixado de existir. Cada toque era uma explosão, cada beijo uma promessa, cada movimento uma afirmação de que não havia limites para o desejo.

Quando finalmente chegamos ao clímax, o silêncio voltou a dominar o ambiente. Ficamos ali, ofegantes, suados, com o corpo saciado e o coração acelerado. Você sorriu, ainda deitada sobre a mesa, e disse que nunca mais olharia para aquele espaço da mesma forma. E eu soube, naquele instante, que a cozinha havia se transformado em altar do nosso prazer.

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