Segredos Guardados no Silêncio – Capítulo XXI

Promessa no Tempo. Era noite. Daquelas que parecem suspensas entre o ontem e o amanhã, onde o tempo se recolhe e o silêncio se estende como

Segredos Guardados no Silêncio

O silêncio não é vazio. Ele é guardião de segredos que não podem ser ditos, mas que se revelam em cada batida do coração. Ela sente que o silêncio carrega o peso de promessas ainda não cumpridas, como se fosse um cofre invisível onde o amor se esconde. Ele percebe que o silêncio é mais eloquente do que qualquer palavra, porque nele vivem os desejos que não precisam ser falados para serem reais.

O silêncio é cúmplice. Ele protege o que ainda não aconteceu, mas já existe. Ele guarda o prazer que se anuncia, a saudade que se confessa sem voz, a fé que se sustenta sem explicação. Ela fecha os olhos e escuta o silêncio como se fosse música. Ele respira fundo e sente o silêncio como se fosse toque.

Não há medo no silêncio. Há apenas intensidade. Há apenas entrega. Há apenas a certeza de que o amor deles não precisa de ruído para ser verdadeiro. Cada pausa é revelação, cada ausência de som é presença, cada instante calado é encontro. O silêncio não esconde. Ele revela. Ele mostra o que não pode ser dito, mas que arde por dentro.

Segredos guardados no silêncio não se perdem. Eles se transformam em força, em promessa, em eternidade. E quando o momento chegar, o silêncio se abrirá como flor, revelando tudo o que foi guardado. Porque há amores que não precisam de palavras. Precisam apenas de silêncio. E nesse silêncio, tudo se cumpre.

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