Carícias em Câmara Lenta – Capítulo 3

Diário Secreto Para Vera

🌸 Carícias em Câmara Lenta

O tempo tem sua própria velocidade, mas diante da delicadeza do toque ele se curva, se rende, se dissolve. Cada carícia de Vera é como um instante suspenso, prolongado além da medida, transformando segundos em eternidade. O corpo não apressa, não exige. Ele se entrega ao ritmo suave, como se cada gesto fosse uma dança lenta, feita para ser saboreada.

A pele se torna território de descobertas. O deslizar das mãos é mapa, o calor é guia, e o arrepio é sinal de que o caminho está certo. Não há pressa, porque o prazer não nasce da velocidade, mas da permanência. Cada carícia é convite para permanecer, para sentir mais fundo, para mergulhar no silêncio que se abre entre um toque e outro.

Na penumbra, o corpo responde como se estivesse em transe. O coração desacelera, a respiração se ajusta, e o desejo cresce em cadência suave. O tempo se curva diante da delicadeza, permitindo que o instante se torne infinito. É como se o mundo inteiro desaparecesse, restando apenas o toque, o calor, o arrepio que percorre a pele.

Carícias em câmara lenta não são apenas gestos. São confissões. São declarações silenciosas de amor e reverência. São a prova de que o desejo pode ser também ternura, que a intensidade pode ser também suavidade. E naquela noite, percebi que o verdadeiro prazer não estava em chegar rápido, mas em permanecer. Porque há carícias que não apenas tocam. Há carícias que eternizam.

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