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A Carta Não Enviada – Capítulo 2
Com mãos trêmulas, Clara rompeu o lacre de cera antiga. O som do selo se partindo ecoou pelo sótão como um sussurro do passado. Dentro do envelope, cuidadosamente dobrada, havia uma carta escrita em papel espesso, levemente amarelado. A tinta azul estava desbotada pelo tempo, mas ainda legível. A caligrafia era fluida, elegante, com curvas melancólicas que revelavam mais do que apenas palavras.
Ela começou a ler:
“Minha querida Lisbeth,
Se estas palavras um dia chegarem até ti, é porque não fui forte o suficiente para pronunciá-las em vida.
Peço-te perdão. Pelo silêncio, pela ausência, pela esperança que nunca cultivei em ti. As noites me pertencem agora, e nelas encontro apenas a sombra do que não fui.
Vejo-te ainda — não com os olhos, mas com essa visão que me persegue: tua silhueta entre os lençóis de luz que o tempo não consegue apagar. Há um toque que busco desde então, Lisbeth, um toque que me escapa, como se estivesse sempre a um sopro de distância.
Se desenhei mãos, foi porque a tua me faltava. Se desenhei rostos, foi porque o teu se recusava a desaparecer. Perdoa-me, se fores capaz. Eu não sou mais Elias, o que sonhava com as cores do mundo. Sou apenas a sombra daquele que quis tocá-lo — e falhou.”
Com tudo o que fui,
E.
Clara leu a carta em silêncio, uma, duas, três vezes, sentindo que cada leitura revelava novas camadas de dor e ternura. Elias não escrevera para ser lido; escrevera para libertar algo que o consumia por dentro. A carta era confissão, despedida e súplica ao mesmo tempo.
O nome “Lisbeth” pulsava diante dela como uma chave. Seria esta a musa das lendas? A mulher etérea que, segundo os rumores, habitava os traços dos desenhos de Elias?
Mais perturbador que a identidade de Lisbeth, no entanto, era a ausência de resposta. Por que Elias nunca enviou a carta? Estaria Lisbeth viva à época? Teria ele perdido a coragem, ou optado por preservar o mistério que o inspirava? Ou haveria algo — ou alguém — que o impedira?
Clara dobrou novamente a carta e a colocou sobre a mesa, ao lado do caderno. A conexão entre eles parecia agora mais profunda: o desenho da mão buscando um toque, e a carta que confessava essa ausência como ferida aberta.
O sótão, antes apenas um relicário empoeirado, tornava-se agora um campo minado de memórias. Clara compreendeu, com um nó no peito, que não bastava descobrir a história — ela precisaria vivê-la, página por página, silêncio por silêncio.
E a história, finalmente, começava a se revelar.
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