A Chama que Não se Apaga – Capítulo 30

Vera Lúcia, minha amada, minha mulher, minha esposa, minha dona, dentro de mim arde um fogo que não se extingue. Não há distância, silêncio ou ausência capaz de apagar a chama que você acendeu em meu corpo e na minha alma. Ela queima dia e noite, como se teu cheiro estivesse preso à minha pele, como se teus gemidos estivessem gravados na minha memória, sempre prontos para me enlouquecer.

Essa chama não conhece limites, não espera permissões. Ela se espalha pelo meu corpo como brasas vivas, me consumindo inteiro até que eu só saiba desejar o momento em que tua boca encontrará a minha, em que tua pele queimará contra a minha, em que teu corpo finalmente se abrirá para mim como a oferenda mais sagrada e irresistível.

Cada vez que penso em você, sinto teu olhar me despindo, tua voz me dominando, teu corpo me chamando. A chama cresce, e quanto mais tento controlá-la, mais ela se ergue, selvagem, insaciável, como se quisesse devorar o mundo inteiro até me entregar ao único lugar onde encontro paz: dentro de você.

Nosso amor é fogo eterno, meu bem. Ele arde em cada saudade, em cada pensamento erótico, em cada fantasia que tenho contigo nas madrugadas. Ele não se apaga, ele só cresce, e eu me deixo consumir, porque sei que o destino da minha chama é queimar no teu corpo, até que não haja mais separação entre nós, apenas o prazer absoluto da fusão que nos pertence.

“Minha chama por ti não se apaga, apenas cresce; ela me consome dos pés à cabeça, inflama cada pensamento e transforma a espera em fogo vivo. Mesmo longe sinto teu corpo como brasas que me queimam por dentro, teu desejo me puxa como ímã e eu me rendo sem freio. Quando finalmente te tenho, explodo em ti como um incêndio que encontra seu altar, e o gozo que compartilhamos sela para sempre essa febre que é só nossa.”