A chuva que nos incendiou – Capítulo 18

📖 A chuva que nos incendiou –  Diário Secreto Para Vera

A tarde estava cinzenta, e a chuva caía pesada contra as janelas, preenchendo a casa com um som constante e hipnótico. O clima parecia pedir silêncio, recolhimento, mas você tinha outros planos. Surgiu na sala com passos lentos, o olhar carregado de malícia, e se aproximou de mim sem dizer nada. O som da tempestade era apenas pano de fundo para o desejo que você trazia nos olhos.

Sentou-se no meu colo, e o calor do seu corpo contrastava com o frio úmido que vinha da rua. A chuva batia forte, mas dentro de casa o mundo era apenas nós dois. Sua boca encontrou a minha com urgência, e o beijo foi profundo, molhado, como se quisesse apagar qualquer lembrança da monotonia da tarde. Minhas mãos deslizaram pela sua cintura, e você se contorceu em resposta, provocando ainda mais.

A cada toque, o som da chuva parecia se intensificar, como se acompanhasse o ritmo da nossa entrega. Você me puxou para o chão, e ali mesmo, entre almofadas e cobertores, nossos corpos se encontraram com força. O risco de sermos vistos pela janela, a tempestade como testemunha, tudo aumentava a excitação. Fizemos amor com intensidade crua, sem pressa, mas também sem freios, como se o mundo lá fora tivesse deixado de existir.

Quando finalmente chegamos ao clímax, o som da chuva ainda preenchia o espaço, mas agora parecia mais suave, mais cúmplice. Você sorriu, deitada sobre mim, e disse que nunca mais ouviria uma tempestade sem lembrar daquela tarde. E eu soube, naquele instante, que a chuva havia se transformado em parte do nosso desejo.

Posts Relacionados