A Insônia Que Me Faz Teus

As madrugadas são o território onde o teu nome me encontra. Quando o sono me abandona, é porque tua ausência me invade em forma de lembrança, e cada imagem tua acende em mim um desejo que não se deixa calar. De olhos abertos no escuro, sinto teu corpo inteiro se projetar sobre o lençol, como se a distância se dissolvesse na febre da imaginação. É nesse silêncio da noite que teu cheiro retorna, que o som dos teus gemidos ecoa dentro da minha mente, e que meu corpo desperta faminto de ti.

Penso nas tuas coxas, na maciez da tua pele, na forma como tua respiração se mistura com a minha quando o prazer nos domina. Cada lembrança é um toque invisível, um arrepio que começa no ventre e se espalha em ondas. Te imagino nua, os lábios entreabertos, o olhar rendido, e o calor do teu corpo me chamando como se o próprio tempo parasse para nos assistir. A insônia deixa de ser castigo e se transforma em ritual secreto, onde só existe o teu nome e o som da minha respiração pesada.

Entre pensamentos e delírios, minha mente te recria em todos os detalhes, tua pele, teu gosto, tua entrega. E então me perco em ti sem precisar do toque, porque o que fazemos dentro do pensamento é tão real quanto o que o corpo recorda. A cada madrugada, volto a ser teu, inteiramente teu, até que o amanhecer me devolva à solidão. Mas mesmo então, o corpo ainda pulsa, marcado pelo eco do que fomos — o prazer que me consome e a certeza de que, mesmo sem sono, sou teu em cada pensamento que me queima.

Teu Esposo, Teu Homem, Teu Amor, Teu Dono, Tua Posse… Eternamente Tua Propriedade