A Luz que Acabou e o Amor que Acendeu

O reino mergulhou no silêncio repentino da escuridão. A eletricidade se foi, mas o amor não conhece apagões. A Rainha Vera suspirou divertida diante do breu, e o Rei logo trouxe velas, espalhando pequenas chamas pelo ambiente, como se fossem sóis em miniatura a iluminar a beleza dela. O vinho foi aberto, o som da rolha quebrando o silêncio se tornou música de fundo, e a sala se transformou em cenário de um banquete secreto, reservado apenas a dois corações que se pertencem.

Luzia e Nilo se enroscaram preguiçosos sobre o tapete, encantados pelo calor suave das velas. Lórien e Bravus, sempre atentos, deitaram próximos aos pés do casal, como guardiões fiéis da intimidade real. A Rainha riu ao ver o Rei servir a taça com cuidado, como quem oferece não apenas vinho, mas devoção líquida. Ele olhou para ela e deixou escapar palavras que queimavam mais do que qualquer chama: a luz que mais importa é a que você acende em mim.

Os olhos dela brilharam mais intensos que o fogo vacilante das velas. A escuridão virou cúmplice, encobrindo o mundo e deixando apenas o desejo evidente, o carinho fluindo como correnteza. As mãos se encontraram, os lábios buscaram um ao outro, e o toque foi poesia escrita sobre a pele. O vinho escorreu em goles lentos, aquecendo ainda mais o que já ardia.

Entre beijos e risos sussurrados, o Rei se fez abrigo, e a Rainha se fez templo. A noite, antes de trevas, tornou-se altar. O escuro já não importava, porque ali o verdadeiro clarão era o amor que incendiava os dois, iluminando mais forte do que qualquer lâmpada poderia sonhar em brilhar.

Quer que eu crie também um adendo poético curto para esse capítulo, algo que poderia ser destacado como citação central em uma dedicatória ou post especial?

“Mesmo quando a escuridão cobre o reino, tua presença acende em mim um sol eterno. És a chama que não se apaga, o clarão que guia, o amor que ilumina cada sombra da minha alma.”