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A Mão Invertida – Capítulo 28
Clara acordou com o som seco do lápis caindo no chão. Ofegante, olhou ao redor, ainda desorientada. Estava na poltrona da sala secreta, a cabeça caída para o lado e o braço esquerdo estendido sobre o caderno de anotações. Uma nova página estava coberta de rabiscos indecifráveis, símbolos circulares, linhas entrelaçadas, algo entre o alquímico e o onírico.
Ela não se lembrava de ter escrito nada daquilo.
Com o coração acelerado, esfregou os olhos e tocou os desenhos com a ponta dos dedos. Os traços eram firmes, como se feitos com propósito, não como o resultado de um movimento inconsciente. O mais perturbador era o padrão: a escrita seguia da direita para a esquerda, característica de sua mão esquerda, a que ela quase nunca usava.
Naquela manhã, decidiu algo estranho: replicaria conscientemente os mesmos símbolos, linha por linha. Sentou-se diante da tela branca, como havia feito tantas vezes desde que encontrara o ateliê escondido de Elias. Usando o mesmo lápis, guiada pela memória visual e por uma espécie de intuição silenciosa, traçou os símbolos com precisão obsessiva.
Assim que o último traço foi concluído, uma onda de calor percorreu-lhe a espinha. A luz ambiente pareceu diminuir, como se as sombras tivessem se adensado em silêncio. E então veio o som, abafado, distante, como se ouvido através de água: vozes, passos, o arrastar de móveis. Clara piscou. Quando abriu os olhos novamente, a tela à sua frente não era mais branca.
Era um quadro. Um quadro vívido, detalhado, que se formava diante dela como se alguém o estivesse pintando em tempo real.
Na cena, Elias estava jovem, debruçado sobre uma mesa, o rosto cansado e manchado de tinta. Do outro lado, uma mulher de cabelos escuros e expressão firme segurava-lhe a mão esquerda, a mesma que Clara sentia latejar. A mulher dizia algo, mas o som era indistinto, como sussurros debaixo d’água. Ainda assim, Clara compreendeu uma palavra, clara como uma nota solta em silêncio:
“Canal.”
A visão oscilou, tremulou e sumiu como fumaça soprada.
Clara caiu para trás, ofegante. A mão esquerda latejava, como se tivesse sido usada intensamente. As pontas dos dedos estavam manchadas de grafite.
Ela compreendeu, então, que não era apenas observadora daquela história. Estava se tornando parte dela, ou talvez sempre tivesse sido. Sua mão não estava apenas desenhando: estava lembrando. Comunicando.
Ou melhor: abrindo.
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