A Noite das Velas – Capítulo 146

Reino de Veramor nova capa

A Noite das Velas

A noite chegou silenciosa sobre Veramor, trazendo consigo um vento leve que parecia convidar o castelo a descansar. O Rei caminhou pelos corredores acendendo velas uma a uma, permitindo que cada chama despertasse um ponto de luz suave e dourada. Não havia outros brilhos, nenhum lampadário, nenhuma tocha. Apenas o tremular delicado das velas, que transformava o salão numa morada de calma e encanto.

Sobre a mesa, o Rei dispôs uma ceia simples, feita com o cuidado de quem entende que o amor mora nos detalhes. Pão fresco, frutas cortadas, um pequeno jarro de vinho e flores recém-colhidas do jardim. Nada extravagante. Tudo verdadeiro. Ele olhou o cenário ao redor e sentiu o coração aquietar, como se a própria noite lhe agradecesse o gesto.

A Rainha entrou devagar, guiada pela luz morna que se espalhava pelo ambiente. Seus olhos brilharam ao ver as velas acesas, como se cada chama refletisse uma lembrança do caminho que os dois percorreram juntos. A expressão dela era de surpresa e ternura, e o Rei soube, naquele instante, que todo o preparo havia valido a pena.

Ícaro, empoleirado no parapeito, soltou um canto suave, quase um sussurro, como se a própria penumbra o convidasse à delicadeza. A luz das velas refletia-se nas penas dele, criando um halo dourado que dançava com cada pequeno movimento. O pássaro parecia entender que era uma noite especial e mantinha o canto baixo, respeitando o silêncio amoroso que preenchia o ar.

A Rainha aproximou-se da mesa e passou a mão sobre a superfície iluminada, tocando o pão, sentindo o perfume das frutas, admirando o cuidado. O Rei a observou em silêncio, reconhecendo nela o centro de toda a luz daquela noite. Quando seus olhares se encontraram, o ambiente pareceu se aquietar ainda mais, como se o próprio castelo estivesse respirando junto com eles.

Sentaram-se lado a lado. As velas tremulavam como pequenos corações ardendo. O vinho escorria com doçura pelas taças. E o momento se transformou em refúgio, em porto, em promessa renovada.

A rainha tomou a mão do rei entre as suas e, por um breve instante, nenhuma palavra foi necessária. O amor falava na luz, no cheiro de pão, na música distante de Ícaro e no calor tranquilo que envolvia ambos.

A Noite das Velas se estendeu sem pressa. Era íntima, serena e inteira, como se o tempo tivesse decidido acender apenas aquilo que realmente importa.


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