A Noite Sem Estrelas 

O céu se estendia denso e silencioso, coberto por nuvens que escondiam qualquer traço de luz. A noite parecia mais profunda, quase melancólica, como se o universo tivesse esquecido de acender suas lâmpadas. O Rei, deitado ao lado da Rainha, olhou para o alto e depois para ela. Nos olhos dela, havia um brilho que nenhuma constelação poderia competir.

Disse calmamente que não precisava de estrelas quando a tinha por perto, porque a luz que vinha dela era suficiente para guiar todos os seus caminhos. A Rainha sorriu com ternura e se aconchegou mais em seus braços, sentindo o calor que nascia do toque dele dissolver a frieza da noite. Ali, o escuro deixava de ser ausência e se tornava abrigo.

Os minutos passaram lentos, embalados pelo som da respiração dos dois. O mundo lá fora podia estar mergulhado em sombras, mas dentro daquele quarto reinava uma claridade serena. Era a luz do amor, suave, constante, impossível de apagar.

Luzia, enroscada ao pé da cama, ronronava tranquila, espalhando ainda mais paz ao redor. Parecia saber que o brilho das estrelas era dispensável quando o amor iluminava tudo.

“Tua luz é a estrela que nunca se apaga.”