A Primeira Sexta-feira – Capítulo 2

O Refúgio na Montanha. A estrada parecia não ter fim, serpenteando entre encostas cobertas por pinheiros que erguiam-se como guardiões

A Primeira Sexta-feira

A semana arrastou-se lenta, marcada pelo silêncio absoluto que pairava sobre a montanha. Clara preenchia os dias com pequenas tarefas: limpar os móveis cobertos de poeira, organizar os livros que havia trazido, caminhar entre as árvores para sentir o corpo se mover no ar gelado. Havia, no entanto, uma inquietação constante, como se a casa guardasse mais do que apenas sua solidão.

Na sexta-feira, ao retornar de uma dessas caminhadas, percebeu algo estranho na varanda. Sobre a madeira gasta, repousava um envelope dobrado com cuidado, quase perdido entre o branco da neve recém-caída. O coração de Clara acelerou. Aproximou-se devagar, como se temesse que o simples ato de tocá-lo pudesse desfazer o mistério que se insinuava.

Era um papel amarelado pelo tempo, a textura áspera denunciando a idade. Ao abri-lo, encontrou uma caligrafia firme, delicada, desenhada como quem ainda valoriza o gesto de escrever. Não havia assinatura, apenas versos soltos, interrompidos no meio de um pensamento:

“O inverno guarda na pele o frio da ausência,
e cada neve caída traz o peso do que não volta.
Se ao menos houvesse quem escutasse
o silêncio que me habita…”

O poema terminava abrupto, como se o autor tivesse sido interrompido ou deliberadamente quisesse deixar a incompletude ecoar no leitor. Clara sentiu o coração bater mais rápido, não de medo, mas de um tipo de reconhecimento íntimo. Era como se alguém, desconhecido, houvesse escrito sobre ela, sobre sua dor recente, sobre o vazio que agora tentava preencher com o isolamento.

Sentou-se na varanda, observando o horizonte entre as árvores. Não fazia sentido. Quem deixaria uma carta em uma casa tão isolada, onde mal havia visitantes? Nenhum vizinho próximo, nenhum amigo sabia de sua chegada. Ainda assim, o papel estava ali, como se tivesse esperado por ela.

Guardou o envelope com cuidado, dobrando-o novamente, e levou-o consigo para dentro. Naquela noite, a lareira iluminava o espaço com uma luz alaranjada, mas o calor não parecia suficiente para aquecer a estranheza que lhe preenchia o peito. Deitou-se na cama improvisada, e antes de adormecer releu os versos tantas vezes que já os sabia de cor.

O frio cortante da montanha não a impediu de adormecer com um leve sorriso, como se aquela escrita misteriosa fosse o prenúncio de algo que finalmente poderia quebrar o silêncio que a sufocava.

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