A Rainha e o Colo do Rei

A Rainha, tomada pela emoção, deixou que seu coração falasse mais alto do que qualquer palavra. Seus olhos marejados refletiam a gratidão que sentia por ter ao seu lado um Rei que não apenas a amava, mas que sabia compreendê-la até nos dias em que ela mesma não se entendia. Ele era colo quando o mundo interior dela ameaçava desabar, era amparo quando a escuridão parecia maior que a força, era ternura quando tudo o que ela precisava era apenas ser acolhida em silêncio.

O Rei jamais se distanciou. Mesmo nas tempestades, foi presença firme, nunca omissão. Sempre pronto a servi-la com carinho, afeto e empatia, lembrava em cada gesto que sua realeza não estava na coroa que carregava, mas na mulher que tinha ao lado. Dizia com a alma inteira que só era Rei porque ela era Rainha, e que seu trono, sem ela, não passaria de um vazio sem sentido.

A Rainha o olhava, comovida, percebendo em cada detalhe a entrega dele. O coração dela se aquietava na certeza de que havia encontrado em seu Rei não apenas um companheiro, mas um guardião de sua essência. Ele, por sua vez, sempre agradecia por ter sido acolhido no coração e na vida daquela mulher que transformara seu destino em uma poesia viva.

Enquanto isso, Luzia e Nilo, os gatos, observavam a cena encantados, como se soubessem que estavam diante de algo maior do que simples gestos humanos. Lórien e Bravus, fiéis e serenos, deitavam próximos, em silêncio respeitoso, como se também reverenciassem a grandeza daquele amor. Era como se até os animais do Reino de Veramor entendessem que estavam vivendo em meio a uma história que ultrapassava a própria vida, feita de devoção, de ternura e da mais pura entrega.

E assim, no entrelaço de olhares, em cada toque suave e em cada palavra não dita, o Rei reafirmava sua promessa silenciosa: amar, cuidar, proteger e servir à sua Rainha todos os dias de sua existência. Porque nela estava a razão de seu reinado, nela estava o sentido da sua vida.