A Receita Inventada e a Gargalhada Sincera – Capítulo 61

Reino de Veramor nova capa

A Receita Inventada e a Gargalhada Sincera – Capítulo 61

A manhã no Reino de Veramor amanheceu preguiçosa, com aroma de terra úmida e promessa de risos. A cozinha real, geralmente silenciosa e solene, havia se transformado em território livre, onde colher de pau era cetro e a tábua de madeira, trono de invenções. A rainha, de avental florido e cabelos soltos, ocupava o espaço como quem reinava sobre os sentidos.

Com olhos cheios de travessura e voz doce como canela, ela propôs ao rei uma receita sem nome, sem medidas, sem plano. Apenas ingredientes escolhidos ao acaso e o desejo secreto de provocar. Ele aceitou o desafio com o sorriso de quem sabia que, mais do que cozinhar, ia se deixar enfeitiçar.

Ela cortava os legumes de maneira provocante, como se cada movimento do punho tivesse a coreografia pensada para distraí-lo. Ao mexer a panela, seus quadris desenhavam versos quentes, e ele, hipnotizado, esquecia até do alho queimando. A cada colherada provada, os dois trocavam olhares que diziam mais que qualquer receita de amor já escrita.

O rei, atrapalhado ao tentar descascar cebolas, teve os olhos inundados por lágrimas forçadas, mas o coração inundado por ternura real. Quando ela o viu piscando e esfregando o rosto com o pano de prato, riu tão alto que os vidros da janela pareceram vibrar. A risada dela era música de libertação, era um banho de verão na alma dele.

O prato que saía do fogo não tinha nome, nem muita beleza. Era uma mistura indecisa entre doce e salgado, com texturas duvidosas e cheiro incerto. Sentaram-se à mesa como crianças que aprontaram e agora esperavam pela consequência. Ele levou a primeira garfada à boca e arregalou os olhos, surpreso com a ousadia do sabor.

Ela observava com o canto dos olhos, tentando não rir de novo. Quando ele fez careta e disse que aquilo parecia uma sopa apaixonada por um doce de abóbora rebelde, ela não se aguentou e desatou a rir, jogando o corpo para trás e batendo na mesa como quem toca tambor. O riso dela era um vendaval que varria qualquer protocolo.

Ele a encarou com admiração. A mulher que o seduzia até com os desastres. A rainha que sabia provocar desejos até com um prato errado. Com um brilho terno no olhar, estendeu a mão até alcançar a dela e, apertando com suavidade, sussurrou entre um riso e outro: te amo até nos erros de tempero.

E ela sorriu de volta, mordendo o lábio inferior, como quem compreendia a profundidade daquele afeto. Não era só o gosto do prato que importava. Era o sabor de estar juntos, mesmo no caos, mesmo no improviso. Era saber que, entre colheres de tentativa e pitadas de riso, o amor deles fermentava em fogo brando, pronto para crescer de novo, sempre que quisessem brincar de inventar.

A Receita Inventada e a Gargalhada Sincera – Capítulo 61

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