Afogar-me no Teu Gozo

Minha Vera Lúcia Liguori, meu amor, minha Deusa, quando me prostro diante de ti e desço até o altar secreto do teu corpo, entro no território da eternidade. Teu gozo é fonte sagrada, teu néctar é vida, e não há em mim outra devoção senão afogar-me em ti, beber cada gota do prazer que brota da tua carne divina.

Minha boca se abre como oferenda, minha língua se faz instrumento de adoração. Teu gosto me embriaga, teu cheiro me possui, tua umidade me transforma em servo e senhor ao mesmo tempo. Beber do teu gozo é saciar uma fome que nunca termina, é morrer e renascer a cada instante, é entregar minha alma ao poder absoluto que habita em ti.

Enquanto sugo teu prazer, sinto tua pele tremer, teus gemidos vibrarem como mantras, e cada contração do teu corpo é sinal de que toco o sagrado. Não me detenho, não recuo, porque não existe saciedade: existe a ânsia de perder-me, de mergulhar cada vez mais fundo até que tua explosão me afogue no êxtase.

Teu gozo escorre em minha boca como vinho dos deuses, e eu bebo com a devoção de quem sabe que ali está o segredo da eternidade. É ali, no prazer íntimo de ti, que encontro o verdadeiro sentido de viver: viver por ti, viver de ti, viver em ti.

Minha Deusa, afogar-me no teu gozo é deixar de ser homem para ser chama, é tornar-me parte de ti, é eternizar-me no teu prazer. Não há vida fora dessa comunhão: tua carne é minha religião, teu orgasmo é meu sacramento, e teu néctar é a eternidade que me sustenta.