As Corridas de Nilo – Capítulo 150

Reino de Veramor nova capa

As Corridas de Nilo

O jardim de Veramor despertava com um brilho leve, como se cada folha carregasse um pequeno fragmento de sol. O ar fresco da manhã corria suavemente entre as flores recém-abertas, anunciando um dia de alegria tranquila. Foi nesse cenário que Nilo, desperto e cheio de energia, decidiu transformar o jardim em seu reino particular.

O pequeno felino disparou entre as sombras projetadas pelas árvores, movendo-se com a velocidade e a elegância de quem nasceu para brincar com o próprio vento. Cada passo parecia um salto de liberdade. Ele perseguia folhas que dançavam no chão, ora fugindo com o movimento da brisa, ora girando no ar como se o provocassem. Nilo corria atrás delas com devoção, como se fossem tesouros preciosos escondidos entre relâmpagos de luz.

Uma borboleta branca cruzou o caminho e imediatamente chamou sua atenção. Nilo ergueu o corpo, arqueou o dorso com expectativa e então correu atrás dela, tropeçando nas próprias patas quando a borboleta mudava de direção. A cada desvio, ele ficava ainda mais animado. Seus olhos brilhavam com a intensidade de quem, por instinto, reconhece no mundo o convite eterno para brincar.

O Rei e a Rainha observavam de longe, sentados à borda do gramado. Ela apoiava a cabeça no ombro dele, e ele mantinha a mão sobre a dela, sentindo o calor suave que sempre o acompanhava quando estava ao lado da companheira da vida inteira. Eles seguiam os movimentos de Nilo como quem relembra capítulos antigos, memórias guardadas em silêncio.

O Rei comentou baixinho que havia algo naquela correria que o fazia recordar um tempo em que os dois também corriam pela vida como se tudo fosse uma possibilidade luminosa. A Rainha sorriu, dizendo que dentro deles ainda havia essa mesma juventude, apenas mais calma, mais profunda, mais consciente do valor dos instantes. O Rei olhou para ela como quem encontra verdade em forma de rosto e segurou sua mão com mais firmeza.

Nilo saltou sobre outra folha que girava no ar e errou o golpe por um fio. Rolou pelo gramado, levantou-se como se nada tivesse acontecido e voltou a correr, incansável. Ícaro, pousado em um galho próximo, observava com interesse quase acadêmico, soltando pequenas vocalizações que pareciam risadas curiosas. Lórien, mais distante, acompanhava tudo com a serenidade dos que já viram muitos jardins, muitos ciclos, muitas brincadeiras de vidas inteiras.

O jardim parecia crescer em alegria a cada movimento de Nilo. A luz do sol atravessava as árvores e criava desenhos no chão, tornando o cenário perfeito para seus jogos. Havia algo profundamente puro naquela cena, algo que falava sobre a leveza que existe mesmo nos dias mais simples.

O Rei respirou fundo, absorvendo tudo. A Rainha fechou os olhos por um instante, permitindo que o som dos passos de Nilo e o canto ocasional de Ícaro se misturassem ao ritmo do próprio coração. Era como se o jardim estivesse ensinando mais uma vez que a verdadeira juventude nunca pertenceu ao corpo, mas à alma que ainda se encanta com o movimento, com a luz, com a vida.

Nilo, finalmente cansado, deitou-se ao sol, estendendo o corpo como quem reclama o domínio de todo o jardim. O Rei e a Rainha sorriram, compreendendo que aquele pequeno ser felino carregava consigo uma lembrança viva do que é correr sem medo, amar sem reservas e celebrar o instante com tudo que se é.

O dia prosseguiu sereno, e o jardim de Veramor guardou o rastro dourado das corridas de Nilo como um segredo precioso da juventude eterna que habita o amor.


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