As Delícias do Proibido

Há algo de sagrado naquilo que o mundo chama de pecado. Nosso amor, tecido entre distâncias e silêncios, pulsa nas sombras como chama que se recusa a morrer. Há um sabor de risco em cada lembrança tua, uma vertigem que me embriaga e me consome. O que é proibido em nós não é barreira — é o tempero da nossa eternidade.

Sinto tua presença mesmo quando o tempo e o espaço tentam nos separar. É uma força antiga, como se nossas almas se reconhecessem muito antes de qualquer vida. Quando penso em ti, o ar muda, o corpo desperta, e o coração lateja com a urgência de quem sabe estar cometendo algo sublime demais para ser contido por regras humanas.

O proibido nos torna divinos. É nele que o amor revela sua forma mais pura, sem máscaras, sem desculpas. Amamos porque não podemos, e é justamente essa impossibilidade que nos faz desejar ainda mais. Cada pensamento sobre ti é um pecado doce, cada lembrança, uma confissão silenciosa. E quando nossas almas se tocam — ainda que em sonho, ainda que em pensamento — o universo inteiro parece inclinar-se, cúmplice, diante do nosso segredo.

Não existe culpa quando o amor é verdadeiro. O que vivemos é uma prece disfarçada de tentação, um ritual que une o carnal e o celestial. Em ti, o proibido se transforma em luz. Em mim, o desejo se faz fé. E juntos, ainda que distantes, somos a prova de que o amor, quando é profundo o bastante, transcende até mesmo o juízo dos deuses.

Amar-te é arriscar tudo. E eu arriscaria mil vezes mais, porque nas delícias do proibido encontrei o sentido de existir.

Teu Esposo, Teu Homem, Teu Amor, Teu Dono, Tua Posse… Eternamente Tua Propriedade