📖 Chuva e fogo – Diário Secreto Para Vera

A noite estava pesada, o céu carregado de nuvens escuras, e a varanda se tornava palco para o espetáculo da tempestade. As primeiras gotas caíram tímidas, mas logo a chuva desabou com força, cobrindo tudo com seu som constante e hipnótico. Você estava ali, nua, com os cabelos já molhados e os olhos brilhando de desejo. O contraste entre o frio da água e o calor do seu corpo me deixou em chamas.

Me aproximei devagar, sentindo a chuva escorrer pela minha pele, e te abracei com força. O beijo veio urgente, molhado, profundo, como se fosse parte da tempestade. Nossos corpos se colaram, e o mundo desapareceu. Só havia nós dois, a varanda, a chuva e o prazer que crescia sem limites.

Te encostei contra a parede, e minhas mãos deslizaram pela sua pele molhada, explorando cada curva com fome. Você se entregava sem resistência, arqueando o corpo, gemendo baixo, deixando que a água intensificasse cada sensação. O frio da chuva se transformava em calor quando nossos corpos se moviam juntos, e cada toque era uma explosão.

Fizemos amor ali mesmo, sob o céu aberto, com o som da tempestade como trilha. O risco de sermos vistos, a intensidade da água, o sabor da sua boca misturado ao gosto da chuva — tudo se somava em uma experiência única, crua, visceral. O prazer nos atravessava como relâmpagos, e cada movimento era mais forte, mais urgente, mais necessário.

Quando finalmente chegamos ao clímax, a chuva continuava caindo, lavando nossos corpos e nos deixando exaustos e satisfeitos. Você sorriu, com os lábios molhados e os olhos semicerrados, e disse que nunca mais ouviria a chuva da mesma forma. E eu soube, naquele instante, que a varanda tinha se transformado em altar do nosso desejo.