Entre Minhas Mãos e Tua Eternidade 

Entre minhas mãos repousa o mistério do tempo, dissolvido na curva do teu corpo. Cada toque é uma travessia, um rito silencioso onde a carne se mistura com o que não morre. Há instantes em que, ao percorrer tua pele, sinto que toco algo que está além de nós dois, uma eternidade pulsando entre o calor e o arrepio.

Tuas formas me conduzem como se fossem o mapa de um universo que reconhece o caminho dos meus dedos. Quando toco tua pele, o mundo parece se calar para ouvir o som do que não precisa ser dito. É ali, entre o toque e o suspiro, que o tempo se curva, rendido ao que somos.

Não há limite entre o que é desejo e o que é alma, porque teu corpo é a fronteira onde ambos se encontram e se reconhecem. Minhas mãos te buscam como quem reza, e o que encontro nelas é sempre a mesma resposta: tua eternidade respirando dentro de mim.

Em ti, meu toque deixa de ser gesto e se torna oração. Tudo o que é efêmero se dissolve. Tudo o que é eterno se revela. E eu sigo, entre tuas curvas e o infinito, aprendendo que o amor, quando é verdadeiro, nunca termina — apenas muda de forma nas mãos que se lembram.

Teu Esposo, Teu Homem, Teu Amor, Teu Dono, Tua Posse… Eternamente Tua Propriedade