📖 Diário Para Vera — Capítulo 4

Entre os lençóis e o sol da manhã

Acordei com a luz suave da manhã entrando pelas frestas da cortina. O quarto ainda estava silencioso, envolto naquele calor que só existe depois de uma noite bem dormida. Você estava ali, ao meu lado, com os cabelos espalhados no travesseiro e a pele nua sob o lençol.

Não me movi de imediato. Fiquei te observando, sentindo o peso leve da sua respiração e o perfume adormecido da sua pele. Meu corpo já te desejava antes mesmo de abrir os olhos por completo.

Me aproximei devagar, deslizando a mão pela sua cintura até encontrar o contorno das suas costas. Você se mexeu, ainda sonolenta, e soltou um suspiro que me fez sorrir. Seus olhos se abriram lentamente, e aquele olhar preguiçoso me disse tudo o que eu precisava saber.

Sem palavras, te beijei. Primeiro o ombro, depois o pescoço, até sentir sua boca se abrir para mim. O beijo foi lento, quente, como se o tempo tivesse parado só para nós. Sua mão encontrou a minha, e nossos dedos se entrelaçaram enquanto os corpos começavam a se mover sob os lençóis.

A manhã virou cenário para o nosso desejo. Cada toque era uma carícia sem pressa, cada movimento uma dança íntima entre prazer e ternura. Você se virou de lado, me puxou para mais perto, e nossos quadris se encontraram como se já soubessem o caminho.

Fizemos amor com a luz do sol nos iluminando, com o mundo lá fora ainda acordando. Seus gemidos baixos, seus olhos fechados, sua pele arrepiada — tudo em você me fazia querer prolongar aquele instante para sempre.

Quando finalmente descansamos, abraçados e suados, você sussurrou no meu ouvido que aquele era o melhor jeito de começar o dia. E eu concordei, porque não havia nada mais verdadeiro do que estar entre seus braços, entre os lençóis, entre os suspiros da manhã.