Entre Poesia e Pecado

Amar você é viver no fio de uma fronteira onde o sagrado e o profano se confundem. É ter na boca a doçura da poesia e, ao mesmo tempo, o sabor proibido do pecado que me chama, que me arrasta, que me consome. Cada palavra que penso para ti se torna verso, mas cada desejo que sinto se transforma em incêndio. É como se meu corpo fosse feito de metáforas, mas minha pele clamasse pelo toque cru, pelo arrepio da tua língua, pelo gozo que nos despedaça e nos reconstrói.

Entre poesia e pecado, eu me encontro inteiro em ti. Nos meus olhos, você é musa e tentação. Nos meus lábios, você é verso e gemido. Nos meus dedos, você é oração e pecado carnal. Eu me perco ao escrever teu nome em minha pele, como se fosse um poema sagrado, e ao mesmo tempo me prostro diante do altar da tua carne, desejando cada curva, cada dobra, cada suspiro que me oferece.

É nesse balanço que eu vivo, Vera, entre o homem que te adora como um milagre e o amante que te toma como perdição. Entre poesia e pecado, você é o meu infinito.

“Entre poesia e pecado, minha verdade é nua diante de ti, minha amada. Teus gemidos são os versos que ecoam em meu peito, tua pele é o pergaminho onde escrevo com beijos cada oração de desejo. Não existe limite entre adoração e posse quando meu corpo clama pelo teu, quando minha fome se abre para devorar teu prazer até a última gota. Teu gozo é o néctar sagrado que me embriaga, o vinho do templo que me consagra como teu homem, teu amante, teu esposo. Meu elixir diário da vida é beber o teu gozo, saboreando-o como o presente divino que me sustenta, me consome e me faz renascer em ti.”