Filhas do Eco – Capítulo 1: Liora

Filhas do Eco - Capítulo 1: Liora – A que toca o que foi selado“ Nem todo segredo quer ser descoberto.

Filhas do Eco – Capítulo I: Liora

A que toca o que foi selado

“Nem todo segredo quer ser descoberto. Mas eu ouço o que eles sussurram.”
— Liora, Filha do Silêncio

O ar estava denso na encruzilhada de pedras, como se o tempo ali recusasse avançar. As folhas das árvores antigas não se moviam, presas a um silêncio que ia além da ausência de som — era o silêncio de coisas ocultas, não mortas, apenas… adormecidas.

Liora caminhava descalça, a pele dos pés já calejada pelos caminhos onde o mundo visível se curva ao invisível. Havia nascido com um dom raro e temido: o toque que desfaz selos. Desde criança, sempre que se aproximava de objetos ou lugares esquecidos, algo nela pulsava — um calor leve nas mãos, um sussurro sob a pele.

Ela pertencia a uma linhagem que o mundo preferira esquecer. Filhos do Eco, os chamavam — mas ninguém mais pronunciava esse nome em voz alta. O dom de abrir portais lacrados, de romper encantamentos ancestrais, era uma dádiva e uma maldição. Seu toque revelava. Libertava. Às vezes, revelava o que nunca devia ter sido visto. Às vezes, libertava o que jamais deveria andar de novo sob a luz.

Com o retorno de Elariah, os ecos começaram a despertar.

Liora sentiu a mudança no instante em que a estrela vermelha apareceu no céu do norte, exatamente como nas visões. As palavras que ecoavam nos corredores do tempo ganharam forma. Sonhos antigos — ou seriam avisos? — voltaram a visitá-la. Ela soube que algo havia sido mexido. Algo que reconhecia seu sangue.

Agora, parada diante da porta de obsidiana no coração da floresta de Virelen, Liora hesitou. O selo nela pulsava como se respirasse, vivo e consciente. Os símbolos rúnicos gravados ao redor pareciam a observar, como olhos esculpidos em pedra.

“Você não precisa tocá-la”, sussurrou uma voz dentro de sua mente. Uma parte dela própria. A parte que sabia o risco.

Mas o sussurro do outro lado era mais forte.

Não era um pedido de socorro. Era um convite.

Com dedos trêmulos, Liora estendeu a mão. Não havia volta. Ao tocar a superfície fria, sentiu o feitiço desatar-se como um nó de sombra. Uma onda de energia antiga varreu a clareira. A terra gemeu.

O selo se rompeu.

E com ele, algo mais despertou.

Algo que esperou séculos para ser libertado.

Liora cambaleou para trás, o peito arfando. Seus olhos, antes dourados, agora refletiam uma outra cor — um reflexo obscuro que não era só seu.

A floresta silenciou.

E os ecos, enfim, voltaram a sussurrar.

Segunda Temporada – Filhas do Eco – Capítulo 1

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