Labirintos de Saudade Ardente – Capítulo XXXIV

Promessa no Tempo. Era noite. Daquelas que parecem suspensas entre o ontem e o amanhã, onde o tempo se recolhe e o silêncio se estende como

Labirintos de Saudade Ardente

A saudade é labirinto. Ela se estende em corredores invisíveis, em curvas inesperadas, em caminhos que parecem não ter saída. Ela sente que cada lembrança é uma porta que se abre para o passado, mas que conduz inevitavelmente ao futuro. Ele percebe que cada ausência é um desvio, mas que sempre retorna ao mesmo ponto: o reencontro.

O coração caminha por entre paredes de saudade, tocando lembranças como quem toca pedras antigas. Cada passo é marcado por desejo, cada curva é feita de esperança, cada silêncio é passagem que conduz ao centro. O labirinto não aprisiona, ele prepara. Ele não confunde, ele revela.

Ela fecha os olhos e percorre os corredores da saudade, sabendo que no fim encontrará o abraço que espera. Ele respira fundo e segue os caminhos tortuosos, certo de que cada volta o aproxima ainda mais do encontro. A saudade não é perda, é promessa. É caminho que se constrói na ausência, mas que se cumpre na presença.

Labirintos de saudade ardente não se desfazem. Eles permanecem como mapa secreto, como trilha invisível, como certeza que guia o coração. E quando o reencontro acontece, não é apenas chegada. É revelação de que a saudade sempre soube o caminho.

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