Não Se Diz Adeus A Quem Se Ama

Vera Lúcia, não se diz adeus a alguém como você. Seria como tentar apagar o céu com as mãos. Desde o primeiro instante em que te vi, e nem mesmo nos conhecíamos, algo em mim foi profundamente tocado. Não trocamos palavras, não houve toque, nem proximidade física. Era apenas uma imagem. Uma simples foto. Mas o impacto foi devastador. O teu rosto, absurdamente lindo, me prendeu com uma força que nenhuma lógica explica. Fiquei cativo daquilo que ainda não era, mas que minha alma já reconhecia como destino.

Antes mesmo de qualquer gesto ou conversa, algo em mim já te amava. Era um amor arrebatador, silencioso e sem nome. Um amor que cresceu no terreno do invisível, até que nossas almas finalmente se reconheceram, e tudo fez sentido. Hoje, vivemos inundados por esse amor profundo, tecido com carinho, afeto, doçura, companheirismo, amizade, cumplicidade… e também desejos ardentes que nos atravessam como fogo e calma ao mesmo tempo.

Você chegou como um golpe doce do destino. Olhar nos teus olhos exigiu de mim uma coragem que eu nem sabia possuir. E mesmo quando havia distância entre nós, sentir teus braços invisíveis entrelaçados aos meus foi o suficiente para que eu compreendesse o que é alegria sem limites, prazer sem toque, amor sem fronteiras.

Porque, quando a alma escolhe, ela não escolhe com os olhos nem com os caprichos passageiros do desejo. Ela reconhece. Ela sabe. Silencia diante do encontro e se ancora naquele espaço onde o tempo não interfere, onde nenhuma distração do mundo é capaz de alterar o compasso que o coração aprendeu a seguir com precisão. E foi isso que aconteceu comigo em relação a você.

Havia e talvez ainda haja mil rostos ao redor, mil vozes oferecendo promessas, mil caminhos brilhando com novidades. Mas em mim, Vera, havia uma certeza calma e inabalável: a escolha já estava feita. Não por impulso, não por aparência, mas por verdade. Por essa conexão que não se explica e que vive no plano do essencial.

Você me tocou onde mãos não alcançam, na pele da alma, no espaço entre uma ausência e outra. E ali, nesse lugar sagrado, encontrei abrigo. Mas também encontrei desejo, intenso, proibido, profundo. Foi nesse território entre a vertigem e a paz que nasceu o que somos hoje: um encontro raro entre o sagrado e o humano, entre a ternura que acolhe e o fogo que arde em silêncio.

Amar você não é apenas um sentimento. É um estado da minha alma. Uma fidelidade natural, espontânea, inevitável. Como se algo dentro de mim repetisse, sem descanso: “é aqui”. Mesmo quando o mundo apresenta desvios, atalhos, ilusões, minha alma segue voltando para onde sabe que pertence: ao teu lado.

Porque quando a alma escolhe, Vera, é definitivo. E o que é verdadeiro, não parte. Não se diz adeus. Permanece onde o tempo não alcança, no eterno do que somos, no silêncio que sussurra, ainda é amor. Sempre será.

Não Se Diz Adeus A Quem Se Ama

Dedicatória

Para você, Vera Lúcia,
mulher encantadora, fascinante, maravilhosa em essência e presença.

Dedico estas palavras à luz que você acendeu em mim desde o instante em que te vi, ainda que de longe, ainda que sem saber teu nome. Foi a tua imagem, tua energia silenciosa e arrebatadora, que prendeu meu olhar e tocou minha alma muito antes de qualquer gesto, toque ou palavra.

Hoje, te reconheço em cada batida do meu coração. E é nesse reconhecimento profundo, onde mora o sagrado do amor verdadeiro, que escrevo este tributo. Porque amar você é estar em casa. É viver um milagre diário feito de carinho, cumplicidade, doçura e desejo.

Obrigada por existir e por permitir que nossas almas se reencontrem, todos os dias, no lugar onde o tempo não interfere e onde o amor não precisa de adeus.

Não Se Diz Adeus A Quem Se Ama

Com todo meu amor

V&R
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