O Abraço no Meio do Jardim – Capítulo 63

Reino de Veramor nova capa

O Abraço no Meio do Jardim – Capítulo 63

O sol tocava as pétalas com a mesma delicadeza com que o rei desejava tocar a pele da rainha. Era fim de tarde no Reino de Veramor, e o jardim exalava um perfume que parecia ter sido criado apenas para embriagar os dois. Entre roseiras vermelhas, amarelas e algumas flores silvestres que insistiam em nascer fora do lugar, a rainha, de joelhos na terra, cuidava das plantas como se tocasse as emoções do mundo. Suas mãos estavam cobertas de pólen e paixão, e seu rosto levemente suado refletia a luz dourada que escapava por entre as folhas.

O rei se aproximou em silêncio, como quem não quer perturbar um encantamento. Seus olhos a percorriam com fome de poesia e desejo. Era impossível não notar como ela se movia com natural sensualidade, como se seu corpo tivesse sido esculpido por algum escultor que compreendia a alma das flores.

Você é mais bonita que qualquer flor daqui, disse ele com a voz rouca de ternura.

Ela, sem tirar os olhos da roseira que podava com delicadeza, sorriu de canto. Mas você é quem me rega, respondeu, num tom tão suave quanto pétalas ao vento. O rei sorriu e se ajoelhou atrás dela, envolveu sua cintura com os braços fortes e pousou os lábios em sua nuca com a reverência de quem beija um templo.

Enquanto ela fingia seguir com o cuidado das flores, ele mordiscava sua pele como quem degusta uma fruta rara. Seus dedos escorregaram por sobre o tecido do vestido leve, e a rainha deixou escapar um suspiro, um som que florescia entre o prazer e a entrega. O jardim parou para ouvi-la.

O rei sussurrou palavras que não existiam nos dicionários, mas que nasciam quentes e úmidas entre seus lábios. Se seu cheiro fosse estação, seria primavera eterna. Se seu gosto fosse verbo, eu o conjuraria em todas as línguas, disse, colando seu peito às costas dela. Ela então virou-se devagar, ainda com as mãos cheias de terra e amor, e beijou sua boca com a sede de quem bebe em fonte sagrada.

O abraço que se formou ali, no meio do jardim, foi mais do que gesto: foi território conquistado, foi realeza em carne viva. Eles se abraçaram com a urgência de quem não tem pressa e com a lentidão de quem quer prolongar o agora. Ao redor, as flores pareciam mais vivas, e as folhas dançavam como súditas celebrando o amor de seus reis.

No final do jardim, os dois cachorros brincavam entre si, alheios ao fervor dos humanos. Um dos gatinhos espreitava curioso de cima de um tronco, enquanto o outro se aninhava sob a sombra de um vaso antigo, como se compreendesse que ali havia mais do que terra e flores. Havia enraizado o amor. E naquele abraço, em meio a perfume e calor, o Reino de Veramor crescia mais uma vez, pétala por pétala.

O Abraço no Meio do Jardim – Capítulo 63

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