O Balde da Paixão e a Vassoura do Desejo – Capítulo 12

No coração do Reino de Veramor, onde até os cantos mais empoeirados têm histórias para contar, a faxina semanal no salão principal ganhou status de cerimônia nobre. O Rei, de pano na mão e olhar travesso, desliza pelo chão com mais charme do que técnica. A Rainha, com sua vassoura em punho e postura de diva, varre o pó e os pensamentos indecorosos com a mesma destreza.

Entre um esfregão e outro, os olhos se cruzam como feitiço. O ar, que deveria cheirar a desinfetante, exala algo mais… tentador.

— “Se você continuar agachando assim, Loira Linda, não respondo pelos meus impulsos regais…”  murmura o Rei, fingindo atenção às manchas do chão.

Ela vira-se com um meio sorriso, olhos faiscando como quem conhece o jogo e já está três lances à frente. Levanta a vassoura, em tom de ameaça brincalhona:

— “Deveria temer mais minha vassoura do que minha saia…”

Riem. Tropeçam propositalmente um no outro. O Reino de Veramor vibra em limpeza, suor e desejo velado.

Ali, entre produtos multiuso e promessas silenciosas, o amor se reinventa com espuma, insinuações e um balde que sempre acaba virando desculpa para mais um encontro de corpos.

Porque no Reino de Veramor, até a faxina tem cheiro de paixão.

O Balde da Paixão e a Vassoura do Desejo – Capítulo 12

Brasão Reino de Veramor

V&R
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