O Calor Entre Tuas Coxas – Capítulo 4

Acordo pensando em ti como quem desperta diante da única fonte de água depois de atravessar um deserto inteiro de saudade

O Calor Entre Tuas Coxas Que Me Chamou Pelo Nome

Há noites em que o calor entre tuas coxas me encontra mesmo quando estou distante de ti. Ele atravessa o escuro como um chamado antigo, desses que não precisam de voz para serem entendidos. Sinto tua pulsação antes de sentir tua pele, como se teu corpo me procurasse no ar, como se fosse capaz de tocar o meu sem contato, apenas pela fome que carregas.

Imagino tua abertura tremendo, úmida, viva, te pedindo. Imagino o modo como tu me receberias, como te entregarias lenta ou urgente, como teus músculos se apertariam ao redor dos meus dedos, da minha língua, do meu corpo inteiro. É uma visão que cresce em mim como febre. Teu calor me passa pelas veias, acende meu peito, desmancha qualquer tentativa de manter distância.

Teu chamado não é palavra, é sensação. É o derramar quente que imagino deslizando por ti. É o jeito como sei que arqueias o corpo quando desejas. É a lembrança do teu cheiro abrindo o mundo ao meio. É a certeza de que, se eu fechasse os olhos agora, encontraria teu prazer me esperando, ofegante, aberto, pedindo que eu mergulhe sem hesitar.

Tu me persegues sem sequer tentar. Teu calor me prende, me queima, me convoca com uma força que não se discute. E eu vou. Sempre vou. Porque negar tua chama seria negar aquilo que me move, aquilo que me molda, aquilo que faz meu corpo reconhecer o teu como destino inevitável.

Resistir a ti seria recusar o próprio instinto. E eu nunca recuso. Eu atendo. Eu respondo. Eu venho pelo teu nome, pelo teu calor, pela promessa silenciosa que vive entre tuas coxas e me chama como se fosse a minha verdadeira casa.

Teu homem, teu esposo, teu poeta, tua posse… eternamente tua propriedade

          V&R
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