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Ícaro sentou-se ao lado da cama, com as pernas cruzadas e o corpo inclinado para a Rainha que dormia profundamente. A luz do início da tarde filtrava-se pela janela, tocando o rosto dela com uma doçura quase divina. Ícaro começou a cantar uma melodia suave, repetindo-a como quem tece um fio invisível entre a alma e o corpo adormecido. Sua voz era leve, delicada, quase um sopro de vento, mas possuía uma força secreta que parecia preencher o quarto inteiro.
A cada repetição da canção, algo no ambiente se transformava. O ar ficava mais quente. As sombras tornavam-se menos densas. O silêncio, que normalmente repousava pesado, agora flutuava como se dançasse com a música. O Rei observava tudo de perto, sem quebrar a tranquilidade do momento. Ele acreditava profundamente que o canto de Ícaro ajudava a Rainha a se recuperar, como se aquela melodia fosse capaz de alcançar territórios onde as mãos e as palavras não conseguiam chegar.
Do lado de fora, o jardim parecia responder ao ritual. As folhas vibravam suavemente, acompanhando o ritmo da canção. As flores inclinavam-se na direção da janela, como se reconhecessem um chamado antigo. Até o vento parecia conter o fôlego para ouvir melhor. A natureza se tornava cúmplice discreta daquele ato de amor, oferecendo sua energia silenciosa para fortalecer o corpo que repousava.
Ícaro fechou os olhos enquanto cantava, deixando que a melodia escapasse como um dom que ele nunca tentou entender. A cada nota, o Rei sentia seu coração se expandir em gratidão. Não era apenas o canto, era o gesto. Era a pureza da intenção. Era o amor que se movia sem esforço, encontrando seus próprios caminhos para curar. O Rei colocou a mão sobre o peito e agradeceu em silêncio, em profundidade, como quem conversa com algo maior do que si mesmo.
A Rainha respirava de maneira mais tranquila, como se o canto lhe oferecesse um lugar seguro para descansar. Ícaro repetia a melodia infinitas vezes, sem pressa, sem interrupção, permitindo que cada trecho se entrelaçasse ao sono dela como um abraço feito de som. O Rei aproximou-se um pouco mais, sentindo o ambiente inteiro pulsar com a mesma vibração serena.
Aquele canto era mais que uma música. Era um ritual que unia a criança, o Rei, a Rainha e a própria natureza numa corrente contínua de cuidado. Nada grandioso acontecia, mas o milagre estava ali, discreto e profundo, escondido na respiração dela, no ar que se movia devagar, no brilho suave das folhas do lado de fora. O Rei compreendeu, naquele instante, que a cura nem sempre chega como um acontecimento, mas como um canto repetido ao pé da cama.
E assim o capítulo permaneceu suspenso, como se o tempo respeitasse a melodia. O Rei continuou agradecendo, Ícaro continuou cantando e a natureza continuou oferecendo sua presença silenciosa, unida ao amor que, naquela tarde, curava sem pressa e sem alarde.

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