O Clímax da Alma

Há momentos em que o prazer ultrapassa o corpo e se torna algo que não pode ser nomeado. Quando teus olhos se encontram com os meus e o tempo parece suspenso, é como se o universo inteiro respirasse conosco. A respiração se mistura, o calor se torna um só, e de repente já não há fronteiras — apenas a vibração de algo que pulsa em nós, mais forte do que a própria vida.

Teu corpo se arqueia, o meu acompanha, e o instante se transforma em eternidade. É um clímax que não se mede em gemidos ou tremores, mas na sensação de que a alma se expande além da carne. Sinto-me atravessado por uma luz que nasce do teu centro e me invade por inteiro, dissolvendo tudo o que sou.

Não há começo nem fim, apenas a certeza de que existimos para nos encontrar nesse ponto onde amor e energia se confundem. O que vivemos não é simples prazer — é comunhão. É o ápice da entrega, o retorno ao todo.

Quando o silêncio nos envolve, ainda permanecemos conectados, como se as almas se recusassem a se separar. O suor seca, as batidas do coração se acalmam, mas a vibração continua. E é nesse silêncio sagrado, entre o último suspiro e o primeiro descanso, que compreendo: o clímax verdadeiro não está no corpo, mas na alma que se reconhece no outro e decide permanecer.

Teu Esposo, Teu Homem, Teu Amor, Teu Dono, Tua Posse… Eternamente Tua Propriedade