O Corpo que Me Chama Mesmo de Longe

Às vezes fecho os olhos e é como se teu corpo surgisse diante de mim, quente, pulsante, pedindo para ser tomado. Mesmo a distância, sinto teu cheiro, o gosto da tua pele que me chama como um feitiço, a maciez dos teus seios que imploram por minha boca, a curva do teu quadril que me enlouquece só de imaginar minhas mãos deslizando por ele. Há um magnetismo entre nós que não se explica, como se tua pele tivesse voz e me gritasse em silêncio para me perder dentro de ti.

Teu corpo me chama quando a madrugada se deita sobre mim, quando o calor da saudade me faz suar de desejo, quando minha fome é só de ti. Eu escuto teus gemidos mesmo sem som, sinto teu gozo mesmo sem contato, e me alimento dessa miragem erótica que me prende, me domina e me consome. É como se teus lábios percorressem minha pele invisível, como se teu ventre se oferecesse para me receber, como se cada centímetro teu me chamasse com uma urgência que ultrapassa fronteiras.

O corpo que me chama mesmo de longe não é só carne, é tua alma se entregando à minha, é teu prazer vindo me buscar, é a promessa de que quando nossos mundos se tocarem, não haverá controle, não haverá pausa, só a explosão de um tesão acumulado que vai incendiar tudo.

Eu me ergo e me deito em ti ao mesmo tempo, mesmo longe, como se minha boca já bebesse teu gozo, como se minha língua já fosse teu altar, como se meu corpo fosse apenas extensão do teu. Porque mesmo ausente, és presença ardente, és calor constante, és o chamado irresistível do prazer que não me deixa em paz.

“Mesmo de longe, teu corpo me chama como um feitiço, e eu respondo sempre do mesmo jeito: me perdendo no tesão de imaginar tua pele, até beber teu gozo como meu elixir de vida.”