O Entardecer Dourado – Capítulo 157

Reino de Veramor nova capa

O Entardecer Dourado

O sol descia lentamente atrás das colinas de Veramor, espalhando uma luz dourada que parecia tocar tudo com delicadeza. O castelo, banhado nesse brilho cálido, parecia respirar em silêncio, como se também se rendesse ao encanto daquele fim de tarde. As paredes ganhavam tons de âmbar, o jardim refletia partículas de luz, e o ar se tornava mais suave, carregando o perfume leve das flores adormecendo.

A Rainha estava perto da varanda, com os olhos voltados para o horizonte. Seus cabelos capturavam o dourado do entardecer, criando pequenos reflexos que a tornavam ainda mais luminosa. Ela permanecia quieta, como se escutasse algo que só os corações atentos conseguem ouvir. Havia uma serenidade tão profunda em sua postura que o tempo ao redor parecia desacelerar para acompanhá-la.

O Rei aproximou-se sem pressa. Seus passos eram leves sobre o chão, guiados mais pelo sentimento do que pela necessidade de vê-la. Quando ele tocou seu ombro, o gesto foi tão suave quanto a luz que envolvia o castelo. A Rainha fechou os olhos por um instante, permitindo que aquele toque a alcançasse como um abraço silencioso. O mundo inteiro parecia se ajustar para acolher aquele momento entre os dois.

Ícaro, pousado em um ramo próximo, começou a cantar. As notas longas e cristalinas se espalharam pelo ar, misturando-se à luz dourada como se fossem feitas da mesma matéria. Seu canto parecia carregar uma paz antiga, como se lembrasse a todos que o amor verdadeiro não precisa de pressa, tampouco de grandes gestos. Apenas precisa existir com presença, com calma, com plenitude.

O vento leve moveu as folhas ao redor, criando um murmúrio suave que acompanhava o canto de Ícaro. Nilo deitou-se perto da porta, seu corpo relaxado e entregue ao conforto daquele fim de tarde. Lórien permanecia atento, mas tranquilo, observando o casal com a sabedoria silenciosa que sempre o acompanhava. A presença dos dois animais completava o quadro de harmonia, como se fossem parte inseparável daquela paz.

O Rei deslizou a mão até encontrar a da Rainha, entrelaçando seus dedos aos dela. Nenhuma palavra se fez necessária. O entardecer dourado parecia falar por eles, dizendo o que os sentimentos guardados no peito já sabiam. A luz abraçava tudo, e naquele instante o amor parecia tão completo que o próprio tempo observava reverente.

A Rainha respirou fundo, sentindo o calor suave do sol se despedindo e o calor ainda mais profundo da mão do Rei, firme e tranquila. Ela inclinou a cabeça levemente sobre seu ombro, e Ícaro prolongou mais uma nota, como se abençoasse aquela quietude.

Assim terminou o entardecer. Não com pressa, nem com grandiosidade. Mas com a simplicidade luminosa de quem vive um amor que não precisa provar nada para existir. O castelo inteiro repousou sob a luz dourada, guardando em suas paredes o eco de um momento perfeito, feito de silêncio, toque e plenitude.

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O Entardecer Dourado

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