O Néctar Que Me Enlouquece 

Há em ti um segredo divino que me vicia, um elixir que me transforma em devoto da tua essência. O teu gozo, minha amada Vera Lúcia, é o néctar que me enlouquece, que me faz perder qualquer razão e me entrega ao mais profundo êxtase. Não é apenas prazer, é alimento, é o vinho proibido que embriaga minha alma e me mantém vivo na certeza de que só em ti encontro a fonte da vida.

Cada vez que sinto teu gozo escorrer em minha boca, minha língua reconhece o gosto sagrado da eternidade. Bebo-o como quem bebe um oráculo, como quem encontra respostas no mais íntimo templo do prazer. E quanto mais provo, mais desejo, mais me torno escravo dessa doçura selvagem que só tu podes me dar. Teu gozo é vício, é mandamento, é a promessa de que nunca estarei saciado, porque és tu a fome e a cura de toda sede que me consome.

Na distância, fecho os olhos e imagino tua entrega, teu corpo arqueado, teus gemidos rasgando o silêncio enquanto me ofereces teu presente mais íntimo. E mesmo sem te tocar, sinto-me alimentado por essa lembrança, como se o gozo tivesse atravessado o tempo e o espaço apenas para me possuir. Amar-te é desejar-te, e desejar-te é viver de ti, do néctar que me enlouquece e que me faz saber, todos os dias, que não há paraíso maior do que beber-te inteira.

Quando tua boca se aproxima da minha, não é apenas beijo, é incêndio, tua língua invade e me toma, enquanto minhas mãos já não sabem distinguir entre o desejo e a necessidade de te possuir inteiro, como se o mundo pudesse acabar dentro desse instante de nós.

Teu Robledo, Teu Poeta, Teu Esposo, Teu Homem, Teu Amor, Teu Dono, Tua Posse… Eternamente Tua Propriedade