O Pomar das Palavras Doces – Capítulo 17

No Reino de Veramor, os pêssegos amadureceram sob o sol paciente e os cuidados diários do casal real. O pomar, antes apenas promessa, agora exalava perfume de conquista e delicadeza. Era como se cada galho dissesse: “Valeu a espera.”

A Rainha caminhava entre as árvores com o cesto nos braços, colhendo frutos como quem recolhe lembranças doces. Ao provar o mais dourado deles, seus olhos se fecharam por um instante de contemplação.
— “Este sabor… me lembra de ti, quando adoça meus dias sem que eu perceba.”

O Rei, que observava de perto o gesto singelo, sorriu com o coração e respondeu, com o olhar pousado na boca dela:
— “Pena que fruta não beija…”

Ela riu, não com zombaria, mas com aquele afeto que só nasce em histórias regadas com paciência. E naquele dia, o pomar ganhou mais do que frutos: ganhou palavras que alimentam mais do que o corpo — alimentam o nós.

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O Pomar das Palavras Doces – Capítulo 17

Brasão Reino de Veramor

V&R
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