O Riso no Pátio – Capítulo 149

Reino de Veramor nova capa

O Riso no Pátio – Capítulo 149

O pátio de Veramor amanhecia envolto em uma luminosidade suave, como se o sol tivesse decidido tocar a pedra antiga com dedos de seda. As trepadeiras ondulavam nas paredes e as primeiras flores do dia exalavam um perfume leve, quase brincalhão, que parecia anunciar que aquele seria um dia destinado ao riso.

O Rei e a Rainha caminhavam devagar pelo espaço aberto, sentindo o calor crescente da manhã escapar entre as sombras projetadas pelos arcos. Ele dizia algo baixinho, um comentário simples, talvez uma lembrança, e ela respondeu com um sorriso que iluminou o rosto antes mesmo de qualquer palavra. Foi nesse instante que Ícaro, empoleirado em uma das vigas altas, decidiu participar da conversa.

O pequeno ser alado abriu as asas e soltou uma imitação quase perfeita da voz do Rei, repetindo a última frase que ele havia dito. A Rainha levou a mão à boca para conter o riso, mas Ícaro, percebendo o efeito, continuou, agora misturando palavras, inventando sons e criando versões exageradas das falas de ambos. A manhã, antes tão tranquila, encheu-se de gargalhadas claras.

O Rei inclinou a cabeça para trás e riu com força, de um modo que parecia vir do centro mais verdadeiro de si. A Rainha, tocando o braço dele com carinho, deixava escapar risos entrecortados, completamente entregue à alegria daquele momento. Ícaro vibrava de satisfação, agitando as asas como quem se orgulha de sua própria comédia.

Enquanto isso, Nilo corria de um lado a outro do pátio, feliz com a animação geral. Passava entre vasos, girava em círculos ao redor dos dois e, sempre que Ícaro soltava um novo som, o pequeno animal fazia um movimento súbito, como se estivesse participando da brincadeira. Sua energia parecia multiplicar o riso, fazendo-o espalhar-se por cada canto.

Lórien observava tudo sentado próximo ao arco central. Seus olhos tranquilos acompanhavam a festa silenciosa daquela manhã. Ele não ria, mas havia em seu semblante uma serenidade tão profunda que parecia acolher cada som alegre como uma benção silenciosa. Sua presença era como uma sombra boa e acolhedora, guardando o momento com a devoção de quem compreende o valor dos instantes simples.

O pátio inteiro parecia vibrar na mesma frequência. As flores se inclinavam levemente, o vento passava por entre as pedras antigas com um sussurro quase musical e o sol ascendia, iluminando o riso que enchia o ar como algo sagrado. O Rei observou a Rainha por um instante e sentiu que aquele som, as gargalhadas espontâneas dela, era uma das melodias mais preciosas de sua vida.

A manhã seguiu leve, transparente, como um suspiro feliz. Ícaro continuou suas brincadeiras, Nilo encontrou um lugar ao sol e se deitou, finalmente cansado de tanta correria, e Lórien manteve-se atento, guardando a paz que brotava ali. O Rei e a Rainha permaneceram no centro do pátio, ainda rindo, como se o próprio tempo tivesse decidido abrandar o passo para observar o amor simples, cotidiano e pleno que florescia entre eles.

O pátio de Veramor nunca esteve tão vivo. A alegria daquele instante parecia infinita, como se pudesse ecoar para sempre no coração dos que ali estavam.


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