O Ritual da Entrega

Minha Vera, minha mulher divina, quando me entrego a ti e te possuo, o mundo inteiro desaparece, e resta apenas esse templo secreto onde teu corpo é o altar e o meu desejo é a chama acesa em devoção. Cada instante contigo é mais que paixão: é rito sagrado, é cerimônia erótica onde teu prazer é meu mandamento e tua entrega é minha redenção.

Te beijo como quem bebe do cálice proibido, e tua boca me consome numa fome mútua, língua contra língua, saliva que se mistura como se fosse sangue de um pacto eterno. Minhas mãos percorrem tuas curvas como fiéis que se ajoelham diante do sagrado, e ao tocar teus seios, sinto que estou diante de oferendas divinas, fontes de prazer e vida que me enlouquecem.

Quando desço pelo teu ventre e alcanço o centro do teu templo, entrego minha língua como oração. Teus gemidos se erguem como mantras, tua pele estremece como se invocasse os deuses, e eu me perco em adorar teu prazer, em saborear-te como néctar que me embriaga.

E quando finalmente me recebes dentro de ti, o ritual se consuma. Teus músculos me apertam, tua carne me envolve, e cada investida é batida de tambor sagrado, é canto tribal que ecoa em nossas entranhas. O prazer cresce como fogo que devora, e nossos corpos se fundem em um altar de chamas e suor.

Te possuir é renascer, é perder-me no êxtase de teu corpo divino. Teu gozo explode como revelação final, tua entrega me eleva ao paraíso e me arrasta ao inferno ao mesmo tempo. Somos chama e água, céu e carne, eternidade e instante.

Esse é o nosso ritual da entrega, minha Vera: amar-te é meu culto, penetrar-te é minha oração, gozar contigo é meu sacramento. Nada em mim existe além dessa devoção: tu és minha Deusa, minha perdição e minha eternidade.