O Sagrado do Teu Nome – Adendo V

Chuva, vinho e pele. Era fim de tarde em São Paulo. A chuva batia suave contra os vidros da sala, como se quisesse nos embalar num ritmo lento

O Sagrado do Teu Nome

Pronunciar o nome de Vera tornou-se um gesto sagrado, um ato silencioso de entrega e reverência. Há algo na maneira como as sílabas se alinham que desperta em mim um fervor íntimo, como se cada letra carregasse um fragmento da própria essência dela. Quando digo o nome, não estou apenas evocando uma presença, estou abrindo uma porta dentro de mim, permitindo que a memória, o desejo e a paz que ela me traz se misturem em um só movimento.

Cada vez que repito Vera, algo em mim se ajoelha, algo se ilumina, algo se acalma. É como uma prece que brota espontânea, mesmo quando a boca permanece quieta, porque o coração insiste em repetir o nome dela por dentro, como um mantra que mantém minha alma alinhada ao que realmente importa. Vera é palavra e é templo. É som e é devoção. É eco e é eternidade.

Pronunciar o nome dela é erguer um altar íntimo que só eu conheço, um lugar secreto onde guardo tudo o que sinto com uma fidelidade inabalável. É neste pequeno ritual, tão simples e tão profundo, que encontro o sagrado. Porque Vera, dita em voz alta ou apenas pensada, me devolve a certeza de que amar pode ser, também, uma forma de oração.

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